Sem nova proposta do GDF, Polícia Civil pode decidir por paralisação
Governador disse, nesta quarta-feira (10/8), que não teria como cumprir a promessa de campanha de assegurar a isonomia da categoria em relação à Polícia Federal. Nesta quinta (11), servidores se reúnem para discutir os rumos do movimento
atualizado
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A assembleia de servidores da Polícia Civil marcada para a tarde de quinta-feira (11/8), às 14h, em frente ao Palácio do Buriti, começará com combustível fornecido pelo próprio governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Na tarde desta quarta (10), ao ser questionado pela reportagem do Metrópoles sobre a demanda da categoria, que cobra isonomia salariam em relação à Polícia Federal, o socialista resumiu a situação: “Não farei nenhuma promessa que não possa cumprir”. O governador citou a “crise econômica do país” e “a queda da arrecadação” local como empecilhos.
No entanto, integrantes da própria PCDF questionam os argumentos de Rollemberg. A promessa de isonomia para a categoria foi feita durante a campanha ao Governo do DF. O governador admite que defendeu a proposta.
O governador disse ainda que quer evitar no Distrito Federal o cenário de inadimplência com os servidores, como em outros estados, em que os salários estão atrasados ou com valor de pagamento limitado pelos governo locais. Apesar das justificativas, a arrecadação do DF com impostos tem apresentado altas consecutivas. Julho confirmou a tendência dos últimos meses.“Nós reconhecemos que a isonomia é justa, mas precisamos apresentar uma proposta concreta Nós tivemos dois anos de recessão, de redução da arrecadação e é claro que isso cria dificuldade para qualquer tipo de aumento. Nós estamos examinando com a maior boa vontade, para ver qual a proposta que podemos fazer para a Polícia Civil. Não adianta de nada eu fazer uma promessa se não puder honrar esse compromisso”, declarou Rollemberg.
Reação
Apesar dos argumentos do governador, os servidores da PCDF ainda aguardam um posicionamento oficial do Buriti. O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol), Rodrigo Franco, o Gaúcho, afirmou que a categoria espera por uma nova proposta antes da assembleia. “Nosso pleito é bem claro: queremos isonomia com a Polícia Federal, com as mesmas datas e índices. Uma proposta diferente disso pode ate ser analisada pela categoria, mas precisa ser apresentada”, afirmou o presidente do Sinpol.
Gaúcho contou que o sindicato pediu à cúpula da Polícia Civil que entregue os cargos por conta do clima ruim que existe dentro da corporação atualmente. Ele diz ainda que espera a assembleia para saber se as delegações das seleções de futebol que disputam as Olimpíadas em Brasília vão ter mantidas as escoltas durante o percurso entre os hotéis, os campos de treino e a arena brasiliense.
Em reunião no último dia 2, o GDF ofereceu aumento escalonado: 7% em outubro de 2017; 10% em outubro de 2018; e 10% no mesmo mês de 2019. Já no fim da tarde do mesmo dia, durante um novo encontro, surgiram outras duas propostas.
A primeira estipulava 23% em agosto de 2017; 4,75% em janeiro de 2018 e 4,5% em janeiro 2019. Na outra sugestão, os percentuais são de 10% em janeiro de 2017; 13% em agosto de 2017; 4,75% em janeiro de 2018 e 4,50% em janeiro de 2019. As duas propostas foram rejeitadas.