Segundo autoridades, fraudes no Enem ainda não foram comprovadas
Nota assinada pelo secretário de Segurança do DF diz que investigações apuram participação da máfia dos concursos no exame
atualizado
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As fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016, por parte de integrantes da chamada máfia dos concursos, ainda não foram comprovadas, de acordo com a secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Mas, segundo investigadores das duas unidades da Federação, a segunda fase da operação Panoptes, que prendeu parte da quadrilha nesta segunda-feira (30/10), foi antecipada para evitar a ação do bando na edição 2017 do Enem. As provas estão marcadas para os dias 5 e 12/11.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que candidatos aprovados no exame por meio de fraude serão eliminados.
Nesta segunda, em operação conjunta das polícias Civil do DF e de Goiás, foram realizadas cinco prisões preventivas, três temporárias e oito conduções coercitivas de suspeitos para esclarecimentos apenas em Brasília. Na operação Porta Fechada, braço goiano do combate à quadrilha, a Justiça autorizou oito mandados de prisão, 11 de condução coercitiva e 17 de busca e apreensão.
Também em Goiás, foi colhido o depoimento de um inscrito no Enem 2016 que afirma ter pago a funcionário do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), o antigo Cespe, para obter vaga em curso de medicina por meio do exame.Mesmo assim, Distrito Federal garante que ainda não há indícios de vazamento de provas do Enem de 2016 e 2017, conforme nota assinada por Edval de Oliveira Novaes Júnior.