Sargento da PM aponta arma para agente da PCDF em hospital
Ambas as corporações foram acionadas e compareceram ao HRC para efetuar a prisão de uma acompanhante que desacatou uma médica
atualizado
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Um policial militar é acusado de apontar a arma para um policial civil durante a condução de uma ocorrência no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), na madrugada desta quarta-feira (07/08/2019). As duas corporações foram acionadas e compareceram à unidade de saúde para atender um caso de desacato de uma acompanhante contra uma médica.
Conforme a versão de um vigilante que testemunhou a discussão entre os agentes de segurança pública, a Polícia Militar (PMDF) chegou ao local em uma viatura, deparou-se com o membro da outra corporação atendendo à ocorrência e decidiu tirar satisfações.
De acordo com a testemunha, o policial civil e o segurança particular da unidade tentaram acalmar a mulher, que tumultuava o atendimento médico e tentava invadir o consultório. Ela, entretanto, continuava a gritar com servidores e a proferir ofensas. Sem conseguir convencê-la a sair, os dois a retiraram do corredor onde ela estava.
Quando a PM chegou, a mulher já havia sido contida. O sargento Roner Salvador, então, teria se dirigido ao posto da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) no HRC para tirar satisfações. Segundo a testemunha, ele pegou uma algema, dando a entender que prenderia o agente. O militar também exigiu a identidade funcional do policial civil, que se recusou e disse que os dois iriam resolver a ocorrência na delegacia.
O sargento ainda tentou impedir que o agente prendesse a mulher. Nesse momento, a confusão foi agravada com a chegada de mais policiais civis, que, após intervirem, teriam sido xingados de “moleques e babacas” pelo sargento. Além disso, de acordo com o vigilante que viu a briga, o militar sacou a arma e apontou para o civil, mesmo sem ter sido ameaçado. Roner também teria municiado a pistola e apontado novamente para o agente.
Depois da ameaça, a mulher foi colocada na viatura da PMDF e levada para a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro).
A Corregedoria da PMDF foi acionada para apurar a conduta do sargento.
Ao Metrópoles, a Polícia Militar disse, por meio de nota, “que os valores da corporação são pautados na legalidade, na moralidade e na estrita obediência ao ordenamento jurídico”.
“A PMDF comunica ainda que o caso ocorrido no Hospital Regional de Ceilândia está sob observação da Corregedoria da PM. Todos os fatos serão apurados para que as responsabilidades sejam atribuídas aos agentes envolvidos”, informou.
A reportagem acionou a Polícia Civil para comentar o caso, mas, até a última atualização deste texto, não havia recebido resposta.