Sargento acusado de estuprar o próprio filho é expulso da PMDF
Investigadores da PCDF encontraram imagens que mostravam abusos no celular do militar. Caso veio à tona em 2017, quando criança tinha 9 anos
atualizado
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O Comando Geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) expulsou da corporação um sargento acusado de estuprar o filho, que à época do abuso tinha 9 anos. A exclusão do policial dos quadros da PMDF foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) nesta segunda-feira (13/05/2019).
O Metrópoles optou por não divulgar o nome do sargento, para evitar que quaisquer associações possam levar à identificação da vítima.
O ex-militar foi preso preventivamente em março de 2017, após imagens dos estupros terem sido encontradas por investigadores da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), nas quais o menor aparecia sendo torturado e abusado pelo próprio pai. As fotografias mostram a criança sendo mordida, amordaçada e amarrada pelo sargento.
De acordo com a família da criança, os estupros ocorriam desde 2016 e só foram descobertos quando o menino contou para a avó materna. Segundo os relatos, os abusos ocorriam à noite, quando o menino estava sozinho com o pai.
O policial, de acordo com as investigações, teria agredido e ameaçado a ex-mulher de morte, em novembro de 2018, para evitar que o caso viesse à tona. Assustada, ela registrou ocorrência na 19ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) e relatou, em depoimento, que havia sido espancada. Na ocasião, denunciou o estupro da criança.
A Justiça, então, decretou medida protetiva e determinou que o policial deixasse a residência onde vivia com a família e não mantivesse qualquer tipo de contato com a ex-mulher e o filho. Em seguida, mãe e filho deixaram o local em Ceilândia e se mudaram para a casa de parentes.
O caso de violência doméstica do policial contra a mulher resultou na abertura de outro inquérito, conduzido pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam).
Em dezembro de 2018, o sargento interpôs recurso junto ao governador à época, Rodrigo Rollemberg (PSB). O socialista considerou, na ocasião, que o policial era incapaz de permanecer nas fileiras da PMDF, conforme publicado no Diário Oficial do Distrito Federal.