Presos tentam fazer festa na cadeia, mas são descobertos
Garrafas com cachaça artesanal, drogas, celulares e materiais usados para serrar grades foram apreendidos pelos servidores durante uma operação de revista no Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no SIA
atualizado
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No final de semana do Dia dos Namorados, detentos do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), no SIA, planejaram uma forma de comemorar a data, mesmo longe das amadas: com uma festa regada a muita bebida e drogas. No entanto, a revista feita pelos agentes penitenciários frustrou as expectativas dos internos. Garrafas com cachaça artesanal, drogas, celulares, e materiais usados para serrar grades foram apreendidos pelos servidores durante uma operação de revista ocorrida no sábado (12/6).
A animação do evento ficaria por conta da chamada “Choca” ou “Maria Louca”. Trata-se de uma aguardente produzida secretamente pelos presidiários. A fabricação envolve um engenhoso processo de fermentação e destilação. Os internos misturam água, arroz, fermento e açúcar para chegar ao resultado final. Uma garrafa de 2 litros da bebida pode chegar a custar R$ 100, mais caro do que alguns uísques 8 anos comprados nos supermercados.
Pelo menos 15 aparelhos de telefone celular e carregadores também foram apreendidos. Uma ligação feita de dentro da cadeia também custa caro. O preço pode variar entre R$ 20 e R$ 50 dependendo do grau de risco e de dificuldade para o telefone chegar até o detento.
Pacotes de cigarro, isqueiros, serras – usadas para limar as barras de ferro –, papéis para fazer cigarros de maconha e dezenas de sacos de fumo foram encontrados pelos agentes. Porções de maconha também foram encontradas por quem fez as revistas nas celas do presídio. Ali, presos que têm autorização para trabalhar fora durante a semana apenas dormem na cadeia. Como era fim de semana, todos estavam nos alojamentos, prontos para se divertir no domingo.