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Preso acusado de matar aposentado do TST no DF, a mando de amante

José Willamy estava em uma favela comandada pelo Comando Vermelho na capital paraense. Ele teria agido em conluio com ex da vítima

atualizado

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PCDF/Divulgação
José Willamy
1 de 1 José Willamy - Foto: PCDF/Divulgação

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com apoio da Delegacia de Homicídios do Pará, prendeu José Willamy de Melo Raiol, 26 anos, suspeito de matar o servidor do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Valdeci Carlos de Sousa, 63. O crime ocorreu em março deste ano, em Taguatinga. O acusado do homicídio seria amante de Elizângela Almeira de Miranda, 43, ex-mulher de Valdeci.

José Willamy foi encontrado, nesta sexta-feira (19/10), em uma favela de Belém na qual morava com a atual namorada. De acordo com o delegado da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte), Joás Rosa de Souza, a região onde o homem estava é dominada por uma das maiores organizações criminosas do Brasil, o Comando Vermelho.

“Foi uma operação de alto risco, na qual contamos com o apoio dos policiais do Pará. Lá é uma região muito hostil, mas eles tinham o conhecimento da área e tivemos êxito em cumprir o mandado”, conta o delegado.

O homem estava foragido desde a expedição de seu mandado de prisão pela Justiça. Natural do Pará, Willamy escolheu justamente a região mais violenta de Belém para se refugiar. “Os nossos policiais fizeram diversas buscas, até que descobrimos o paradeiro dele e mandamos uma equipe para lá”, diz Joás. O suspeito do assassinato está em deslocamento para Brasília em um voo comercial, escoltado por agentes da PCDF.

Relembre o crime
Segundo os investigadores, com a morte de Valdeci, o objetivo de José Willamy e Elizângela seria o saque das contas e o recebimento da pensão do servidor aposentado. Valdeci teria caído em uma emboscada. A acusada teria atraído o ex-companheiro para a residência ao lhe dar expectativas de reatarem o relacionamento.

No imóvel, depois de dominarem o homem, a dupla teria colocado Valdeci no veículo e rodado por todo o Distrito Federal com ele. A perícia revelou que a mulher estava na direção do automóvel. O amante seguia torturando o aposentado no banco traseiro.

Valdeci foi assassinado com a própria arma. O corpo foi encontrado no Cerrado, às margens da DF-001. Com base nas apurações da PCDF, para encobrir o crime, a mulher teria comunicado o desaparecimento do marido no dia seguinte. Na época, de acordo com a polícia, ela teria confessado o homicídio em depoimento. A vítima foi morta com um único tiro na cabeça, supostamente disparado pelo amante de Elizângela.

Liberdade condicional
A mulher chegou a ser presa, mas conseguiu habeas corpus no dia 11 de outubro. Os advogados alegaram demora da promotoria e da acusação em produzir provas contra a acusada. O alvará de soltura determinou a imediata liberdade da presa, mas aplicou algumas restrições, como não sair do DF e permanecer em casa a partir das 22h. Elizângela usa tornozeleira eletrônica.

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