Presa quadrilha que furtava caminhonetes de luxo no Plano Piloto
Ação da Polícia Civil foi deflagrada na madrugada desta quarta-feira (5/12)
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (5/12), a Operação Keycode, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em furto e receptação de caminhonetes de luxo.
As investigações da Divisão de Adulteração e Desmanche Ilícito de Veículos (Dirad) da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), responsável pelo caso, apontaram que 32 Mitsubishi L200 Triton foram furtadas no DF em 2018, sendo 28 delas nas asas Norte e Sul, e apenas quatro em outras regiões administrativas.
Os investigadores identificaram que apenas esse grupo criminoso furtou 12 modelos L200. A operação cumpriu oito mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 13 de busca e apreensão nas casas dos suspeitos, situadas nas cidades de Sobradinho, Planaltina e Planaltina de Goiás (Entorno do DF). Parte das caminhonetes estava em um galpão no município goiano de Catalão, distante 330km de Brasília.
Depois de identificarem características comuns em todos os crimes praticados contra proprietários de um modelo específico de veículo e perceberem que a quadrilha atuava dentro de uma área geográfica determinada, os policiais instauraram inquérito a fim de identificar, desarticular e prender o bando responsável pelos furtos.
Monitoramento
Conforme explicou a PCDF, a metodologia desenvolvida durante a apuração dos fatos consistiu no acompanhamento dos registros de furto em Brasília, bem como na obtenção das imagens desses crimes, o que possibilitou a identificação dos carros utilizados pelos ladrões.
As equipes da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) também fizeram campanas, abordagens e acompanhamento dos investigados e de seus familiares, além de filmagens e entrevistas.
Todos os membros da quadrilha são moradores de cidades localizadas na direção da Saída Norte e conhecidos da polícia. Um deles possui 18 passagens pelos crimes de furto e receptação de veículo. Outros sete integrantes também já tiveram problemas com a Justiça pelos mesmos crimes.
O grupo responderá por organização criminosa e furto qualificado. Somadas, as penas variam de 5 a 16 anos de prisão.
Modus operandi
De acordo com as diligências policiais, a quadrilha mantinha uma rotina de atuação para conseguir furtar as caminhonetes desejadas. Integrantes da organização criminosa costumavam seguir para o Plano Piloto e rodar até encontrarem os veículos preferidos.
Após localizarem os carros, os ladrões arrombavam as caminhonetes e, usando centrais (equipamentos que facilitam a ligação direta), com exceção das L200, conseguiam acionar o motor e fugir com os veículos.
“Após os furtos, deixavam os carros em quadras próximas, onde ficavam por até 48 horas esfriando, garantindo, assim, que não seriam rastreados. Então, eles voltavam e resgatavam os veículos”, explicou o delegado Bruno Ehndo.
Os investigadores da Corpatri envolvido na apuração da Keycode vão aprofundar as apurações para identificar outros envolvidos indiretamente na organização criminosa. Parte dos suspeitos ficam baseados em outros estados, lucrando com o furto das caminhonetes de luxo.