Policiais civis são recebidos por Filippelli na porta do Planalto
Assessor de gabinete de Michel Temer, o ex-vice-governador do DF se comprometeu a ajudar nas negociações da categoria com o GDF em busca de reajuste
atualizado
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Policiais civis e delegados estiveram, na tarde desta segunda-feira (24/10), na porta do Palácio do Planalto, onde foram recebidos pelo ex-vice-governador do DF Tadeu Filippelli (PMDB), assessor de Gabinete do presidente da República, Michel Temer. O objetivo era conseguir apoio do governo federal para que seja encontrada uma solução a respeito do impasse entre os agentes da PCDF — que cobram reajuste salarial — e o Governo do DF.
Na audiência improvisada fora do palácio, o assessor de Temer se comprometeu a tentar uma audiência com o presidente da República em um outro dia, já que, nesta segunda (24), a agenda de Temer estava lotada. “O presidente (Temer) é extremamente cuidadoso sobre a situação da Polícia Civil”, disse Filippelli.Na ocasião, representantes dos sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol) e dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo), na companhia do deputado distrital Wellington Luiz (PMDB), comentaram com Filippelli o episódio que por pouco não terminou em tragédia na manhã desta segunda (24), quando um delegado chegou a puxar a arma para um colega dentro da 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia). O assessor de Temer disse que “estava sabendo” do caso, e voltou a afirmar que “ajudará na interlocução” com o governo federal.
Após o encontro na porta do Planalto, os servidores foram à Câmara dos Deputados para acompanhar a discussão e a votação, do projeto de reajuste de categorias federais de segurança (PL 5.865/16). Os aumentos, que chegam a 37%, serão pagos em três parcelas até 2019.
A Comissão Especial sobre as Carreiras da Polícia Federal e Outras marcou para esta segunda (24) a continuação da discussão e da votação do parecer do relator, deputado Laerte Bessa (PR-DF). A votação estava prevista para a última quarta-feira (19), mas foi adiada pelo pedido de vista do deputado Mauro Pereira (PMDB-RS).
Divergências
O projeto reajusta os vencimentos da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, de perito federal agrário, da carreira de Desenvolvimento de Políticas Sociais e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A Polícia Civil do DF cobra isonomia em relação à Polícia Federal e quer o reajuste de 37%, que será aplicado nos contracheques dos servidores da PF. O GDF argumenta que não tem como bancar o aumento e, nas negociações anteriores, chegou a oferecer percentuais próximos ao pleiteado.
A categoria, no entanto, recusou a oferta e intensificou a Operação Legalidade, na qual uma série de serviços foram reduzidos. Às 8h desta segunda (24), por exemplo, foi decretada uma paralisação de 48 horas.