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Policiais civis são punidos por darem “carteirada” no evento Na Praia

Um agente, um escrivão e uma perita criminal foram suspensos do trabalho por terem entrado sem pagar no evento, em 2015

atualizado

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1 de 1 WhatsApp Image 2017-03-16 at 23.19.55 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Ao menos três policiais civis foram punidos pela corporação por terem dado “carteirada” para entrar no evento Na Praia, na Orla do Lago Paranoá, em julho de 2015. Apesar de terem direito à gratuidade em eventos quando estão trabalhando, os agentes públicos, segundo sindicância aberta pela Polícia Civil, não estavam no local a serviço. Eles foram penalizados com suspensão.

Os resultados das investigações conduzidas pela Corregedoria da PCDF foram divulgados em boletins internos. A publicação mais recente, do dia 13 de março, é da perita criminal Fernanda Espíndola Leal, penalizada com quatro dias de suspensão.

Segundo a Corregedoria, Fernanda entrou no evento, em 11 de julho de 2015, “sem ter efetuado o devido pagamento pelo ingresso utilizando-se de prerrogativa policial sem demonstrar finalidade pública”. O documento foi assinado pelo corregedor-geral da corporação, Emilson Pereira Lins.

No mês passado, o agente de polícia Pedro Henrique Melo Carneiro, lotado na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), recebeu punição de três dias pelo mesmo motivo.

Ainda de acordo com a Corregedoria da Polícia Civil, ele também entrou no Na Praia sem pagar pelo ingresso e “sem causa justificante”, assim como o escrivão de polícia Elso Francisco Pereira, da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS). No caso de Elson, o evento que ele foi aconteceu no dia 1º de julho de 2015. O escrivão também ficou três dias suspenso da corporação.

Os três policiais foram punidos pela prática de “ato que importe em escândalo ou que concorra para comprometer a função policial”.

Reprodução
Fernanda foi punida com quatro dias de suspensão

O outro lado
Fernanda informou ao Metrópoles que, ao chegar ao evento, se apresentou a um delegado da Corregedoria que estava no local. “Sempre estou armada e me identifico nos eventos. Em grande parte, eles dão cortesia, mas, quando não dão, pago pelo ingresso. Não havia ninguém da produção, então me identifiquei para o delegado e entrei. Não houve desentendimento ou truculência. Estou surpresa com a repercussão e com a minha suspensão ter sido maior”, afirmou.

Em nota, a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom) informou que a investigação é sigilosa, mas o resultado é público “e já teve a devida divulgação pelos meios legais disponíveis.”

O presidente da Associação Brasileira de Peritos Criminais, Bruno Telles, informou que, por se tratar de um ato administrativo, não há o que se pronunciar. O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), que representa o agente e o escrivão, disse que também não falaria sobre o caso. Ambos também não foram localizados pela reportagem nesta quinta-feira (16/3).

 

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