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Policiais civis decidem manter greve que já dura duas semanas

Assembleia na frente do DPE reuniu 1,5 mil servidores. Eles recusaram proposta do governador de recebê-los mediante o fim da greve

atualizado

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Enquanto o governador Rodrigo Rollemberg anunciava, na Câmara Legislativa (CLDF), medidas para enxugar a máquina administrativa, aproximadamente 1,5 mil policiais estavam reunidos na porta do Departamento de Polícia Especializada (DPE) para decidir o rumo da greve da categoria, que já dura duas semanas.

Tanto na CLDF quanto no complexo da Polícia Civil, as notícias não foram boas para a sociedade. Além de aumento de tarifa de ônibus e de impostos, corte de cargo e de salários, a corporação decidiu seguir a mesma linha do pacote de maldades do governo e continuar a greve.

A categoria não aceitou a proposta feita pelo governador Rodrigo Rollemberg de recebê-los assim que a paralisação fosse encerrada. “Em virtude da proposta indecorosa, o sindicato propõe que devemos continuar a greve”, convocou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), Rodrigo Franco. Um novo encontro está marcado para a sexta-feira (18), em frente ao Palácio do Buriti.

Marcada para começar às 15h, a assembleia dos policiais só começou por volta das 16h. O atraso ocorreu porque o diretor da Polícia Civil, Eric Seba, convocou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol), Rodrigo Franco, e o vice, Renato Rincon, para uma conversa reservada em sua sala na direção. Enquanto isso, aproximadamente 1,5 mil policiais aguardavam lá fora.

Os policiais querem a recuperação das perdas inflacionárias dos últimos anos. Eles também pedem a manutenção da isonomia de tratamento com relação à Polícia Federal e nomeação dos 400 aprovados no concurso de 2013.

Na primeira semana de paralisação, o governador Rodrigo Rollemberg entrou na Justiça contra o movimento e obteve vitória. O Tribunal de Justiça (TJDFT) determinou, na última quinta-feira (3/8), o imediato retorno ao trabalho de 100% do efetivo dos policiais civis.

Além disso, a corte decidiu que a categoria deveria garantir o acesso de todos os servidores e da população às delegacias. Mas o Sindicato dos Policiais não cumpriu a ordem. Fez justamente o contrário. Bloqueou a entrada dos colegas nas unidades policiais e, até, de advogado.
Na tarde de segunda-feira (14), um advogado criminalista foi impedido de visitar seu cliente preso no Departamento de Polícia Especializada (DPE). Segundo os policiais da recepção, o motivo seria a greve.

Foto: Sinpol/Divulgação

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