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Policiais civis de Goiás e servidora do GDF são presos por envolvimento com quadrilha acusada de roubar carne, cerveja e óleo vegetal

Material era revendido para açougues e mercados do DF. No sábado, foram apreendidas 20 toneladas em frigorífico de São Sebastião, avaliadas em R$ 187 mil

atualizado

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PCDF/Divulgação
carne apreendida
1 de 1 carne apreendida - Foto: PCDF/Divulgação

Agentes da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) prenderam seis integrantes de uma quadrilha de receptação de cargas roubadas e quatro policiais civis de Goiás, acusados de cobrar R$ 20 mil para liberar os produtos. Um delegado do mesmo estado foi indiciado por corrupção e uma servidora do GDF que era a responsável por negociar a liberação da carga está entre os detidos. O material incluía peças de carne, que eram repassadas a pelo menos dois açougues de São Sebastião.

Na primeira fase da operação, deflagrada em 30 de dezembro de 2015, oito pessoas foram presas. Rodrigo Evangelho, 32 anos, e Gilson Pio dos Santos, 35, eram os líderes da quadrilha e mantinham um galpão no Gama, onde armazenavam os produtos roubados. No local, havia 2,2 mil caixas de cerveja.

Além dos açougues de São Sebastião, o material era vendido em mercados do Gama e de Santa Maria. A mercadoria era roubada no Distrito Federal, em Goiás e em Minas Gerais.

Na segunda etapa da operação, deflagrada na ultima sexta-feira (29/1), os policiais encontraram 20 toneladas de carne em uma câmara fria clandestina na Vila Café Sem Troco, em São Sebastião. O valor estimado da apreensão é de R$ 187 mil.

Pedro Alves/MetrópolesWilliam Timoteo dos Santos (foto), de 37 anos, foi preso por receptação de produtos roubados. Ele vendia as carnes em dois frigoríficos que possui em São Sebastião. Um funcionário do suspeito também foi detido.

Roubos violentos
Segundo o delegado da DRF, Fernando César Costa, ainda não se sabe até que ponto os receptadores estão envolvidos nos roubos, que costumam ser violentos. Ainda de acordo com o delegado, os criminosos abordam as vitimas com carros velozes e portando armamento pesado.

Sempre em grupos de, no mínimo, quatro pessoas, eles rendem os motoristas de caminhões e os libertam depois de algumas horas. Em alguns casos, os ladrões amarram as vítimas e as deixam em matagais.

Óleo vegetal
A servidora do GDF presa na operação é uma advogada de 35 anos. Ela foi detida em flagrante no momento em que negociava com policiais civis de Goiás a liberação de uma carga de óleo vegetal em Valparaíso (GO).

Segundo o delegado Fernando César Costa, a quadrilha agia há pelo menos dois anos.

(Com reportagem de Pedro Alves)

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