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Polícia vai ouvir igreja sobre estupro coletivo em festa no Park Way

Menina de 13 anos denunciou que teria sido violentada por três adolescentes. Laudo realizado no Instituto Médico Legal (IML) ainda não está pronto. Ele vai apontar se houve conjunção carnal

atualizado

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Os responsáveis pela festa junina da igreja Imaculado Coração de Maria, no Park Way, serão ouvidos pela Polícia Civil, que investiga a denúncia de um estupro coletivo que teria ocorrido entre a noite de sábado (4/6) e a madrugada de domingo (5) durante o evento. A vítima é uma adolescente de 13 anos.  

“Já ouvimos a menina, os suspeitos e uma das amigas que estava com ela na festa. Vamos chamar os responsáveis pelo evento e outros nomes citados durante os depoimentos. Há indícios de que o caso tenha ocorrido fora da igreja, uma vez que elas informaram que estavam bebendo na parte externa da festa”, explicou a delegada Alessandra Lacerda, da Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA).

O laudo realizado no Instituto Médico Legal (IML) ainda não está pronto. Ele vai apontar se houve conjunção carnal. O caso foi registrado pela DCA de Taguatinga, na terça (7). No entanto, as investigações estão por conta da unidade da Asa Norte. No boletim de ocorrência, a avó da vítima conta que ficou sabendo do caso após um reunião com a coordenadora do colégio em que a garota estuda.

Três adolescentes teriam praticado o ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável durante a festa junina da paróquia. O três já foram ouvidos, mas a delegada disse que não iria antecipar nada para não atrapalhar as investigações. 

Bebida alcoólica
A irmã da garota afirmou que a deixou no local na companhia de mais duas amigas. Segundo uma das testemunhas, colegas de outro colégio também se juntaram ao trio. A adolescente admitiu que todos estavam ingerindo bebidas alcoólicas e, em certo momento, perdeu os sentidos e não se lembra do que ocorreu.

Contou apenas que acordou no outro dia na casa de uma amiga. Foi só então que a garota soube dos fatos. Os três adolescente a teriam embriagado com bebidas alcoólicas, apelidadas de “Catu”, com intuito de dopá-la para praticarem ato libidinoso. Ela contou à vítima que os suspeitos passaram as mãos nas suas partes íntimas.

Se for comprovada a autoria dos menores no ato infracional, o caso será encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude. Cabe ao juiz decidir qual medida socioeducativa será aplicada. A sentença pode chegar a até três anos de internação.

Ao Metrópoles, o diácono da paróquia, Abraão Neto, garantiu por telefone que o caso não foi registrado dentro da igreja. “Após o evento, fizemos uma reunião com os organizadores para saber se houve algum problema e, em nenhum momento, esse caso foi citado. É uma novidade para mim. Tenho certeza que isso não ocorreu aqui dentro”, disse.

O religioso explicou que o evento teve o efetivo de 30 seguranças particulares, duas viaturas da Polícia Militar, com seis policiais em cada veículo, e uma viatura do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que controlava o trânsito na região. O diácono lembrou que do lado de fora da igreja haviam vários grupos de pessoas bebendo.

Não temos controle do que ocorre fora da igreja, mas tenho certeza que isso não pode ter acontecido aqui porque tínhamos pessoas cuidado das crianças o tempo inteiro.

Abrão Neto


Samambaia
A denúncia de estupro coletivo no Park Way não é a única que está sendo investigada pela Polícia Civil do DF. Na noite de sexta (3), um outro caso foi registrado e ganhou repercussão depois que o médico que atendeu a vítima, uma menina de 11 anos, usou o Facebook para desabafar, chocado com a situação.

A semelhança das histórias, inclusive, fez com que a Polícia Civil informasse que se tratavam do mesmo caso, quando na verdade eram ocorrências distintas. O Metrópoles, inclusive, chegou a publicar matéria relacionando as duas investigações. 

A menina também teria sido dopada e violentada numa festa da escola. Além dela, outra menor, de 15 anos, teria sido vítima. A ocorrência foi registrada na 32ª Delegacia de Polícia, em Samambaia. Inicialmente, os familiares das duas amigas denunciaram o desaparecimento das meninas.

Neste caso, dois homens foram presos após o início das investigações. Jhonata Emanoel do Nascimento Queiroz, 23 anos, e William Paulo da Silva Freitas, 18, são suspeitos de estuprá-las na quitinete em que moravam. As garotas relataram à polícia que haviam sofrido abusos sexuais e, ainda, teriam ingerido bebida alcoólica e drogas oferecidas pelos suspeitos. 

No imóvel, foram apreendidas bebidas alcoólicas e porções de maconha, material encaminhado à perícia. Os autores, após os procedimentos legais, foram recolhidos à carceragem da PCDF.

 

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