Polícia procura terceiro envolvido em morte no Parque da Cidade
Corporação acredita que outra pessoa possa ter visto o momento em que Ricardo Pio Rodrigues foi morto
atualizado
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Apesar da prisão de Frederico Bruno Floriano da Silva, 42 anos, acusado de matar o funcionário da Latam Ricardo Pio Rodrigues, 42, no Parque da Cidade, as investigações para elucidar o caso não chegaram ao fim. A Polícia Civil ainda procura a arma utilizada no crime e está em busca de uma terceira pessoa que pode estar envolvida no caso, segundo a principal tese dos investigadores.
De acordo com o adjunto da 1ª Delegacia de Polícia, João Ataliba Neto, a hipótese mais forte é de que Frederico da Silva teria agido por ciúmes. Ele – que nega ter cometido o homicídio – e Ricardo possuíam um relacionamento há cerca de dois anos e meio e teriam o costume de ir a um estacionamento do Parque da Cidade para se relacionarem com outras pessoas.
Ainda segundo o delegado João Ataliba Neto, após a prisão do acusado, os pais dele compareceram à delegacia e prestaram depoimento. “Eles disseram que, quando a vítima morreu, o filho assumiu ser homossexual e contou que ele e Ricardo mantinham um relacionamento. Falaram também que o suspeito teria avisado sobre possíveis buscas policiais na casa deles, como parte da investigação do homicídio”, afirma.
Frederico da Silva foi preso temporariamente na terça-feira (2/1), no Condomínio RK, em Sobradinho, após determinação da Justiça. Ele acabou indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil. A polícia desconfiou do suspeito após descobrir diversas contradições no depoimento que ele prestou à corporação.
O crime
O corpo de Ricardo Rodrigues foi encontrado por vigilantes no dia 22 de dezembro, às 7h, próximo ao Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. Ele havia sido baleado no peito. O funcionário da Latam vestia uma calça parcialmente arriada e uma regata preta, que estava suja de sangue. A perícia recolheu relógio, celular, boné, chaves de um carro e um pote de gel lubrificante, supostamente pertencentes à vítima.
A Polícia Militar informou, por meio de nota, que a área é de responsabilidade do 1º Batalhão e conta com um posto de segurança comunitária 24 horas, policiamento montado e motociclístico, além das viaturas específicas durante o dia e a noite.
“Ressaltamos ainda que os estacionamentos, onde há maior mancha criminal, têm policiamento reforçado. Em 2017, tivemos uma queda de 12% no número de ocorrências registradas no parque, graças ao empenho da PMDF”, informou a corporação. Ainda de acordo com a PM, houve 40 chamados atendidos no Parque da Cidade, contra 45 em 2016.