Presa quadrilha que faturou mais de R$ 1 milhão em roubo de cargas
Policiais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão em Santa Maria e Valparaíso (GO)
atualizado
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Nova operação para coibir o roubo de cargas foi deflagrada, na manhã desta quarta-feira (19/9), no Distrito Federal e na Região do Entorno. Policiais da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) cumprem cinco mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão em Santa Maria e Valparaíso (GO).
As cargas roubadas eram mantimentos. No galpão de Santa Maria, foi encontrado o equivalente a R$ 1,5 milhão em alimentos e produtos de limpeza. A organização se utilizava de adolescentes para vigiar os locais que guardavam os produtos. Entre os alvos, estão Danilo Ribeiro dos Santos, considerado o líder do grupo, e os irmãos dele. De acordo com a polícia, eles auxiliavam na ocultação e no transporte de carga roubada. Quatro dos integrantes já foram presos e um deve se entregar nesta tarde.
A maioria dos roubos acontecia na Região do Entorno. Veículos eram abordados por criminosos à mão armada. Os bandidos, então, entravam em contato com Danilo para saber se os itens eram de interesse. As mercadorias eram estocadas numa casa em Valparaíso e distribuída para galpões no Gama e em Santa Maria. Depois, eram vendidas para pequenos comerciantes por cerca de 60% do valor de mercado.
As diligências que deram início à Operação Oleum – palavra derivada do latim “óleo”, termo usado pelos investigados para se referir à carga roubada – tiveram início em julho de 2017 com a prisão em flagrante de três integrantes. Na ocasião, o trio escondia os produtos roubados em um galpão em Santa Maria. A polícia descobriu que o local era vigiado por um adolescente, sobrinho de Alan, um dos detidos.
Após as prisões, os investigadores iniciaram um trabalho para descobrir se havia mais suspeitos agindo em conjunto com os detentos.
Outras três pessoas foram identificadas em uma casa de Valparaíso de Goiás. Elas tentavam ocultar a mercadoria que estava no galpão de Santa Maria. “Ficou evidente que a prisão de alguns dos integrantes da organização criminosa não foi suficiente para impedir os crimes”, afirmou o coordenador da Corpatri, Marco Aurélio Vergílio.
“Também comprovamos a conexão com outras organizações criminosas responsáveis pelo roubo e ocultação de cargas roubadas. Entre elas, a quadrilha desarticulada em 2018 pela Operação Vacatus, conduzida também por esta delegacia especializada“, completou o delegado. Ambos os grupos utilizavam a mesma empresa fantasma para emitir notas fiscais falsas.
Os investigados foram indiciados por organização criminosa, com pena de 3 a 8 anos de reclusão. Também responderão por receptação qualificada. Segundo o delegado André Luis Oliveira, a diligência continuará para identificar os executores diretos dos roubos.
Prisões preventivas
Danilo Ribeiro dos Santos – apontado como líder do grupo. Era responsável pela obtenção, ocultação e comercialização irregular das mercadorias roubadas.
Vinicius Herbert de Sousa – Vulgo “Galego”, era o braço direito do líder. Participava diretamente dos roubos. Responsável pelo recrutamento de motoristas e “chapas”, aluguel de galpões, obtenção de notas fiscais. Possui antecedentes criminais por falsidade ideológica, adulteração de sinal identificado veicular e associação criminosa.
Alan Barbosa Paiva Santos – possui antecedentes de corrupção de menores e adulteração de sinal identificador veicular. Transportava as cargas roubadas e auxiliava na busca por pessoas para vigiar o galpão do grupo criminoso.
Dois irmãos de Danilo. Auxiliavam na ocultação e no transbordo de cargas, segundo a PCDF. Ambos foram absolvidos pela justiça em 2019.
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