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Polícia prende homem acusado de abuso sexual em ônibus no DF

Suspeito teria passado a mão nas partes íntimas de uma passageira. Testemunhas impediram a fuga dele após o episódio

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Fachada da 6ª Delegacia de Polícia - Paranoá
1 de 1 Fachada da 6ª Delegacia de Polícia - Paranoá - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Militar do Distrito Federal prendeu em flagrante homem acusado de abusar sexualmente de uma mulher em ônibus público, na noite dessa sexta-feira (03/01/2020). Segundo a vítima, o suspeito teria passado a mão em sua região genital, enquanto ela dormia no coletivo. Ele negou o crime. O caso foi registrado na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).

Segundo a delegada-chefe Jane Klébia, o suposto abuso sexual ocorreu em um ônibus que seguia do Lago Sul para o Paranoá. “A vítima vinha do trabalho e cochilou em um banco na janelinha.  Ela conta que o acusado sentou do lado dela e colocou uma mochila entre os dois. Por debaixo, começou a passar a mão na genitália dela”, contou a policial.

A vítima cobrou satisfação e começou a acusar o suposto agressor. Em depoimento, afirmou que ele inicialmente fez cara de “demente”. As acusações públicas continuaram e o suspeito passou a ofender a mulher. Passou a chamá-la de “vagabunda”, “doida”. Teria ido além, dizendo que que iria “passar o dedo na sua buceta” e que isso era “falta de homem”.

A mulher manteve as acusações. Os demais passageiros passaram a apoiá-la. O acusado teria tentado descer do coletivo, mas as testemunhas e o motorista não permitiram. O motorista travou as portas e seguiu com o veículo até posto da Polícia Militar, próximo à Barragem do Paranoá.

De acordo com a delegada, o suspeito disse que não iria com os policiais. Argumentava que era trabalhador e resistiu à prisão. Por isso, os policiais precisaram contê-lo e algemá-lo. Até a 6ª DP, ele teria continuado a chamar a vítima de “doida”.

Flagrante

De acordo com a delegada, apesar de o homem ter negado, havia elementos para autuá-lo em flagrante por importunação sexual. Crime com pena de um a cinco anos de prisão e inafiançável. O acusado foi levado à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). Na segunda-feira (06/01/2020), deverá ser apresentado para avaliação na audiência de custódia.

“Geralmente, em crimes sexuais o acusado tenta desqualificar a vítima. Quer inverter o ônus da prova. Por isso, é importante nestes casos que a mulher não se intimide. Deve manter a sua versão e procurar a polícia. O motorista do ônibus e as demais testemunhas agiram corretíssimo. Ficaram solidárias e ajudaram”, pontuou Jane Klébia.

O suspeito negou o crime de importunação sexual e a resistência durante a prisão efetuada pela PM. Segundo a delegada, ele argumentou que estava sentado ouvindo fone de ouvido, quando foi surpreendido por acusações e ofensas da mulher, sendo chamado de “tarado”, “Jack”. Neste sentido, teria respondido de forma irônica, por, nas palavras dele, ter sido “acusado falsamente”.

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