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Polícia pede internação de adolescente que matou criança na Estrutural

Ele foi encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) e deve permanecer detido provisoriamente por até 45 dias

atualizado

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local onde corpo do menino mauricio costa souza foi encontrado
1 de 1 local onde corpo do menino mauricio costa souza foi encontrado - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O adolescente J.S.J, de 15 anos, que confessou ter matado Maurício Costa Sousa, 11, no último fim de semana, está apreendido provisoriamente por até 45 dias. Ele foi encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) no último domingo (19/6). De acordo com o delegado-chefe da 8ª Delegacia de Polícia (SIA), José Fernando Grana, o adolescente infrator não demonstrou remorso após o assassinato. “É um caso trágico. Uma criança de 11 anos perdeu a vida e um jovem de 15 cometeu um crime por uma discussão fútil”, completou o delegado.

O delegado confirmou ainda que a agressão foi motivada por conta de um videogame. “O Playstation era do adolescente infrator, que não quis emprestá-lo ao Maurício. Houve uma primeira discussão sobre isso e a vítima foi embora. Ele voltou em seguida insistindo e foi aí que os ânimos se acirraram”, explicou o delegado.

A criança morreu com um golpe de faca, tipo peixeira, no pescoço. Segundo Grana, o adolescente ainda tentou estancar o sangue e limpar o local com a própria roupa. “Em momento nenhum ele demonstrou estar tentando salvar o menino, estava apenas preocupado em não sujar a casa”, esclareceu. O crime ocorreu por volta das 18h de sábado (18) e foi comunicado à DP na manhã de domingo. O adolescente acabou apreendido próximo à cena do crime.

 

O delegado confirmou ainda que J. S. J. não foi o responsável por atear fogo no corpo da criança. “Como ele foi jogado ali e coberto com um colchão, acredita-se que outros catadores da região tenham jogado lixo no local e colocado fogo. Não dava para ver o corpo”, completou Grana. A versão inicial de que Maurício estaria amarrado com um arame não foi confirmada pela investigação.

A DCA deve encaminhar o processo ainda esta semana à Vara da Infância e da Juventude, que vai julgar o caso. Se o juiz decidir por uma internação permanente, o infrator pode ficar detido por até três anos. A cada seis meses, a situação será acompanhada e reavaliada.

O menor já tinha uma passagem por ato infracional análogo ao crime de roubo de veículo, ocorrido em maio deste ano no Guará.

Padrasto
O envolvimento do padrasto do adolescente no crime foi descartado. “Ele não estava em casa no momento em que tudo ocorreu”, ressaltou o delegado. O homem chegou a ser detido junto com o enteado na manhã de domingo. As primeiras informações seriam de que ele estaria com crack, mas Grana informou que ele tinha três porções de maconha no bolso da calça.

Ainda não há informações sobre o sepultamento de Maurício.

 

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