Polícia investiga se grupo de extermínio matou jovem na Asa Norte
A arma usada para assassinar a jovem é uma pistola calibre 9mm, de uso exclusivo do Exército e da Polícia Federal
atualizado
Compartilhar notícia
A investigação da morte da jovem Lauryelle Máximo Moreira, 21 anos, tornou-se prioridade para os policiais da 2ª DP (Asa Norte). Pouco mais de 24 horas após a localização do corpo, em uma área de mata do Parque Olhos D’água, na Asa Norte, os agentes colheram pistas cruciais para e elucidação do caso. As autoridades investigam a possibilidade de o crime ter sido cometido por um grupo de extermínio. A arma usada para assassinar Lauryelle é uma pistola calibre 9mm, de uso exclusivo do Exército e da Polícia Federal.
“É um tipo de arma de difícil acesso. Não fica nas mãos de criminosos comuns”, destacou o delegado-chefe da 2ª DP, Laércio Rosseto. A forma como a jovem foi encontrada, sem roupas e com oito perfurações de tiros, chocou a polícia. “O que podemos afirmar é que foi uma execução brutal. Ela foi atingida nas costas e apresentou sinais de defesa. Apesar da resistência, levou tiros à queima-roupa. Quem fez isso queria ter a certeza da morte”, explicou.
Com relação a um possível abuso sexual, o policial pondera que é necessário aguardar os exames periciais. “Há a possibilidade de ela ter sido encontrada sem roupa porque, antes do crime, a vítima teria ido ao local para tomar banho”, disse Rosseto. Uma das linhas de investigação da polícia é feminicídio. O companheiro de Lauryelle, Leandro Barreto da Silva, foi levado para prestar depoimento na delegacia nessa quarta-feira (26/9).
Lá, os policiais descobriram que há um mandado de prisão em aberto contra ele, expedido no município de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. O homem ficará preso por 30 dias – até o momento, está detido no Distrito Federal. A polícia não revelou o crime cometido por ele no outro estado, mas Leandro também é um dos investigados pela Polícia Civil em relação à execução da companheira.
O crime
A jovem foi encontrada por volta das 9h dessa quarta (26/9). Lauryelle estava sem roupas, deitada de barriga para cima no chão, com oito disparos de arma de fogo em diversas partes do corpo e provável fratura no braço direito. Foram apreendidas muitas cápsulas deflagradas de pistola. O cadáver foi achado a cerca de 200 metros do barraco onde a moça morava com o marido. Ambos vieram da Bahia para Brasília.
A Polícia Militar informou ter sido acionada por volta das 20h de terça (25) para encontrar Lauryelle, que estaria perdida dentro da mata às margens da L2 Norte, em área nobre da capital. O comunicado foi feito por Leandro Silva.
Ele relatou que ouviu diversos tiros próximos ao local. Os bombeiros e a PM fizeram uma varredura. Porém, devido à escuridão e à falta de informações, as buscas foram encerradas à noite e reiniciadas na manhã de quarta (26), com auxílio de cães farejadores.
Por volta das 9h, o corpo da jovem, que era catadora de entulhos, foi encontrado por um morador do local. Ele foi ouvido pela Polícia Civil. É possível que ela tenha sido morta entre 15h e 19h dessa terça-feira (25). A região onde o corpo foi achado é ponto de tráfico de drogas, segundo a corporação.