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Polícia investiga a morte de jovem encontrado no Lago Paranoá

Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima teria se afogado. A família, no entanto, afirma que o rapaz foi assassinado

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Lago Paranoá
1 de 1 Lago Paranoá - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga a morte de um rapaz de 20 anos. O corpo de Devaldo da Silva Gomes foi encontrado, na terça-feira (2/2), no Lago Paranoá, nas imediações da Concha Acústica. No momento do resgate, o Corpo de Bombeiros informou que o jovem estava apenas de calça jeans. O caso, divulgado como um afogamento, no entanto, despertou a indignação da família.

Segundo o irmão da vítima, David da Silva Gomes, o corpo de Devaldo apresentava várias feridas e todos os documentos e objetos pessoais estavam com ele. Mas essa não é a versão da PCDF. De acordo com o delegado da 5ª Delegacia de Polícia, na área central de Brasília, Marco Antônio de Almeida, a perícia realizada na terça (2) não detectou nenhum hematoma. 

Festa
Devaldo trabalhou no bar de um festival de música eletrônica no sábado (30/1). Testemunhas informaram à polícia que o rapaz estava embolsando o dinheiro das bebidas. Por esse motivo, ele foi retirado do evento. David relata que o irmão discutiu com um dos donos do evento. “Ele tirou o uniforme da festa e a produção o acompanhou até a saída. Esse homem teria pedido para alguém dar um jeito nele. O corpo estava com dois cortes na mão, um arranhão profundo e a boca machucada. Meu irmão sabia nadar, não tinha como ter se afogado. Era um rapaz tranquilo e de muitos amigos”, relata.

A produção do evento Federal Music confirmou que o jovem fazia parte da equipe do bar e que saiu da festa às 20h25. Em nota, a organização disse que não houve agressões por parte dos seguranças do local. “Nos solidarizamos com a família da vítima e aguardamos o laudo policial”, informou, por meio de nota. O delegado da 5ª DP esclareceu que a família da vítima não registrou nenhum boletim de ocorrência de desaparecimento porque o jovem costumava dormir em casas de amigos.

O delegado Almeida explica que, a princípio, não há lesão que aponte um homicídio, mas que é necessário aguardar o laudo cadavérico para chegar a uma conclusão sobre o caso. As causas da morte somente serão conhecidas em 30 dias.

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