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Polícia Federal reconstitui homicídio ocorrido no DF em 2009

Acusado de roubar carro foi morto em operação da PRF na BR-070, há quase oito anos. Ministério Público Feral pediu que crime fosse remontado

atualizado

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Divulgação/MPF-DF
MPF
1 de 1 MPF - Foto: Divulgação/MPF-DF

Após um pedido do Ministério Público Federal (MPF/DF), a Polícia Federal (PF) realizou a reconstituição de um homicídio ocorrido em setembro de 2009 na BR-070. A atividade pericial tem o objetivo de esclarecer  se houve um crime punível ou se os policiais rodoviários federais que atuaram no caso agiram em legítima defesa.

A simulação durou seis horas e foi realizada na noite de quinta-feira (30/3). Nesse período foram montadas seis reproduções — cada uma a partir da versão de uma das pessoas que tiveram participação efetiva na operação policial que terminou com a morte de Natanael dos Santos Silva.

Para permitir a construção das versões, foram intimados os quatro agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e os dois sobreviventes da operação policial. A simulação aconteceu na BR-070, próximo à entrada da cidade de Água Lindas (GO), local onde os agentes da PRF abordaram o veículo no qual estavam três fugitivos, Natanael entre eles.

De acordo com as investigações, na data do homicídio, Natanael e dois colegas roubaram um carro em Taguatinga e tentaram fugir pela BR-070. Avisados do crime, os agentes da PRF que trabalhavam no posto da região passaram a monitorar a pista até que o veículo passou pelo local. Os ocupantes do veículo não obedeceram aos avisos para parar, o que resultou em uma perseguição policial. O carro parou um pouco à frente, depois de ter os pneus furados por disparos dos agentes. Durante a abordagem, Natanael foi atingido por um tiro de fuzil. Morreu na hora.

Investigação longa
Desde o início das investigações, a versão apresentada pelos policiais é de legítima defesa. Tese que foi defendida pela Polícia Civil do Distrito Federal, onde o caso tramitou durante três anos. Em 2012, no entanto, após manifestação do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), que foi acatada pela Justiça, houve um declínio de competência e o caso foi encaminhado à esfera federal. A justificativa para a transferência de foro foi o fato de se tratar de servidores federais (agentes da PRF).

O relatório do inquérito conduzido pela PF foi elaborado em 2013 e teve uma conclusão semelhante à da Polícia Civil: a de que o crime ocorreu em legítima defesa. No entanto, para o Ministério Público Federal, ainda era necessário fazer diligências para esclarecer o caso. Por isso, foi solicitada a reconstituição do crime.

A estimativa, segundo o procurador da República responsável pela investigação, Ivan Cláudio Marx, é que o laudo da perícia seja concluído em 60 dias. Além de analisar o documento, Ivan pretende tomar o depoimento de um dos policiais antes de definir se apresenta ação penal contra os envolvidos. Se o MPF entender que o crime não ocorreu em legítima defesa, é possível que os agentes sejam levados a júri popular.

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