Polícia Federal desarticula quadrilha que abastecia o DF de drogas
Segundo a PF, trata-se de uma das maiores operações nos últimos anos. O grupo, com conexões internacionais, movimentou mais de R$ 1 bilhão
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (4/11) a Operação Cavalo Doido. O alvo é uma quadrilha que agia no tráfico internacional de entorpecentes, distribuindo drogas produzidas no Paraguai para o Distrito Federal, Goiás, Pará e Mato Grosso do Sul. Segundo a PF, trata-se de uma das maiores operações da corporação nos últimos anos.
Estima-se que o grupo tenha movimentado mais de R$ 1 bilhão. Foram bloqueadas 80 contas bancárias. Os investigados responderão por tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa, tráfico internacional de armas, adulteração de arma de fogo e porte ilegal de armas. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos.
Ao todo, são 81 medidas judiciais (sendo 21 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 15 conduções coercitivas e 34 de busca e apreensão) que são cumpridas, simultaneamente, nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul.
Mais de 200 policiais participam da operação, que é realizada em conjunto com a polícia do Paraguai, onde é realizada a destruição dos plantios de droga em fazendas de propriedades do grupo criminoso. Os investigadores identificaram uma das rotas do grupo, que entrava pela região fronteiriça de Pedro Juan Cabalero, vinda do Paraguai. No decorrer das investigações, foram apreendidas mais de 10 toneladas da droga, armas de grosso calibre e carros de luxo.Confira parte do material que foi apreendido pela Polícia Federal:
Cavalo Doido
O nome Cavalo Doido é uma referência ao modo de transportar a droga. Os veículos utilizados tinham bancos e acessórios arrancados e todo o espaço era ocupado com grande quantidade de drogas, sem qualquer tipo de disfarce.
Carregado, o carro vinha em grande velocidade, sem paradas, e sem respeitar qualquer tipo de sinalização ou autoridades públicas. O objetivo era evitar perdas e chegar o mais rápido possível ao ponto em que o entorpecente seria vendido.