Polícia fecha suposta ONG que cobrava por exames e consultas médicas
O delegado do caso ressaltou que os agentes não encontraram qualquer tipo de registro profissional dos médicos que atendiam na clínica, o que configura exercício irregular da profissão
atualizado
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Uma clínica foi fechada nessa terça-feira (28/6) em Ceilândia Norte. A Polícia Civil suspeita que os especialistas que atendiam no local não tinham registro profissional. A ação, batizada de Operação Placebo, é resultado de uma denúncia anônima que a 19ª Delegacia de Polícia recebeu no início do ano.
Sete pessoas – três recepcionistas e quatro clientes que estavam na clínica – foram levadas à DP para prestar depoimento. Todos foram liberados. Na tarde desta quarta (29), um casal, que seria o proprietário do estabelecimento, prestará depoimento.
“A clínica se apresentava como ‘ONG Amigos da Saúde’, mas nos chamou a atenção a grande quantidade de recibos de pagamento que iam de R$ 30 a R$ 1,8 mil. Cobravam para serviços que teriam que ser gratuitos”, explicou o delegado-chefe da 19ª DP, Fernando Fernandes.
O titular acrescentou que os agentes não encontraram qualquer tipo de registro dos profissionais de saúde que atendiam na clínica, o que configura exercício irregular da profissão. A pena para este crime varia de seis meses a dois anos.
As especialidades atendidas pela suposta ONG eram clínica médica, odontologia, neurologia, psicologia, além de exames laboratoriais, entre outros. Remédios, talões de receituários e atestados médicos também foram apreendidos.
Todo o material será periciado e investigado. Segundo a Polícia Civil, suspeita-se, ainda, que o local não tinha autorização para funcionar. As investigações devem ser concluídas no início de julho. A reportagem não conseguiu entrar em contato com a ONG.