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Polícia fecha fábrica que adulterava cilindros de oxigênio hospitalares. Veja vídeo

Produtos não tinham autorização para serem comercializados e poderiam levar pacientes a sofer insuficiência respiratória. Dono do local foi preso e pode pegar até 15 anos de prisão

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Cilindro de oxigênio adulterado
1 de 1 Cilindro de oxigênio adulterado - Foto: PCDF/Divulgação

A Polícia Civil do DF desmontou uma oficina de adulteração de gás oxigênio usado para fins medicinais, nesta terça-feira (15/3). O dono do local, Idevaldo Laurentino Silva, de 55 anos, foi preso. De acordo com a titular da Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DCPIm), Mônica Ferreira, o homem comprava cilindros originais e os misturava com outros cinco ou seis tipos de gases, entre eles, ar comprimido e oxigênio industrial.

Depois de adulterados, os cilindros ficavam com uma parte composta pelo gás original e o resto adulterado, sem benefícios para a saúde. Assim, o paciente primeiro apresentava melhoras ao inalar o oxigênio original e, depois tinha problemas ao utilizar a parte com outros gases, podendo chegar inclusive à morte por insuficiência respiratória.

A operação foi realizada em conjunto com a Vigilância Sanitária do DF, depois que o órgão recebeu uma notificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre um paciente que havia enfrentado complicações após utilizar o gás oferecido pela empresa. De acordo com Gustavo de Lima, gerente de Medicamentos da Vigilância Sanitária local, os cilindros também apresentavam outro tipo de risco, pois ficavam próximos de uma oficina mecânica e, em contato com graxa, o oxigênio tem grandes chances de explodir.

Em depoimento, Idevaldo afirmou que não comercializava oxigênio medicinal havia 10 meses. No entanto, segundo a vigilância sanitária, ele não tinha autorização para fabricar, transportar ou comercializar nenhum tipo de gás. Ele foi autuado por crime contra a saúde pública e por violação das relações de consumo. Se condenado, pode ficar preso de 10 a 15 anos.

A delegada Mônica Ferreira afirmou ainda que existem outras empresas que realizam a mesma prática no DF. “As pessoas que alugam ou compram esse material precisam verificar se os responsáveis possuem o selo da Anvisa para garantir a qualidade dos produtos”, afirma.

 

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SES-DF informou que paga por metro cúbico utilizado, e não por cilindro de oxigênio
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