Polícia desarticula venda de anabolizantes na Feira dos Importados
Os investigadores encontraram 1.146 substâncias no local. É a maior apreensão da história do Distrito Federal
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal desarticulou um esquema criminoso que faturava com a venda de anabolizantes, na Feira dos Importados, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). A Operação Hércules, desencadeada nesta quarta-feira (25/1), pela Delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DCPIM) resultou na maior apreensão da história do DF.
Os investigadores encontraram 1.146 substâncias, entre anabolizantes injetáveis, em comprimidos e suplementos alimentares. De acordo com as apurações, a venda dos produtos era feita de forma camuflada. Em uma das bancas, só havia produtos de venda permitida no Brasil, mas, quando algum cliente solicitava materiais proibidos, os vendedores buscavam em depósitos clandestinos, em bloco separado na própria feira, para despistar qualquer ação policial
Segundo informações da Polícia Civil, Roni também colocava comprimidos de zinco para falsificar outros anabolizantes administrados por via oral. As pessoas compravam os produtos falsos por preços de originais, contrabandeados do Paraguai.
Também foram localizadas seringas, já utilizadas, em um dos depósitos da feira, entre outras provas que indicavam o comércio ilegal de produtos anabolizantes originais e falsos, ambos ilegais, além de suplementos e medicamentos de venda proibida pela Vigilância Sanitária.
Ronaldo foi autuado em flagrante por crime contra a saúde pública (artigo 273 do Código Penal Brasileiro, e §1ºB – I, que tem penas que variam de 10 a 15 anos) pela falsificação de produtos medicinais e venda de produtos sem registro. Ele foi recolhido ao cárcere do DPE.
Os dois funcionários da banca dele foram autuados pelo artigo 273, §2º, na modalidade culposa, pois não sabiam que vendiam produtos ilegais. A pena nesses casos é de detenção de 1 a 3 anos e multa. Eles pagaram fiança e responderão pelo crime em liberdade.
Procurado pela reportagem, o gerente administrativo da Feira dos Importados, Paulo Leitão, disse que não tem qualquer conhecimento sobre o esquema desarticulado pela Polícia Civil no local.