Polícia deflagra operação para prender ladrões de caixas eletrônicos
Grupo, liderado de dentro do presídio, é acusado de ter furtado mais de R$ 400 mil de agências bancárias. Em vez de explosivos, usavam alicates e martelos para arrombar os equipamentos
atualizado
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Policiais civis foram às ruas do Distrito Federal na manhã desta quarta-feira (6/4) à procura de 12 suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em furto de caixas eletrônicos. Dois seguem foragidos. O prejuízo causado pelo grupo pode chegar a R$ 400 mil, segundo as investigações, que foram iniciadas em 12 de novembro do ano passado.
O grupo é suspeito de ter participado de ao menos dez furtos em agências bancárias, Correios e postos de combustíveis. A ação, realizada pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), foi batizada de Dragon e ocorreu no Riacho Fundo, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Samambaia e São Sebastião.Quando os policiais foram cumprir mandado no Núcleo Bandeirante, nesta manhã, uma pessoa armada reagiu e houve troca de tiros. Um homem, que não era alvo da operação, morreu com dois tiros. No local, os agentes encontraram munições, balança de precisão e drogas.
O líder do grupo foi identificado como Rodrigo Pereira de Deus, de 29 anos, conhecido como Dragão. O nome da operação faz referência ao apelido. Rodrigo cumpre pena em regime semiaberto no Centro de Progressão Penitenciária (CPP).
A polícia estima que, em um dos roubos, os criminosos tenham faturado R$ 40 mil. Outro furto envolvendo uma agências dos Correios rendeu R$ 190 mil a quadrilha. No feriado da Páscoa, segundo as investigações, eles subtraíram R$ 50 mil de um banco de Planaltina.
Diferentemente de outras organizações criminosas da capital, para ter acesso ao dinheiro o grupo não utilizava explosivos e sim ferramentas como martelos, alicates, maçarico e ferramentas hidráulicas. No Riacho Fundo I, a polícia encontrou diversos objetos usados no arrombamento dos caixas eletrônicos (foto ao lado).
Os suspeitos serão autuados por formação de quadrilha, além de roubos e furtos. Há informações de que os criminosos também tenham levado coletes à prova de balas de algumas agências. Os equipamentos seriam usados em outros crimes.