Polícia Civil prende último suspeito de matar a menina Maria Eduarda
O homem estava foragido da Justiça desde o dia do crime e foi localizado na Cidade Ocidental (GO), Entorno do DF
atualizado
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Policiais civis prenderam, na madrugada desta segunda-feira (30/7), Walisson Ferreira da Silva, 23 anos. Ele é suspeito de matar Maria Eduarda Rodrigues, de apenas cinco anos, no dia 21 de maio, em Ceilândia. Os menores envolvidos no ataque já haviam sido apreendidos.
O alvo dos disparos seria um dos irmãos da criança, um adolescente de 15 anos. Além de Maria Eduarda, Marcos Rodrigues de Amorim, 19, também irmão da menina, foi atingido com um tiro no joelho.
Segundo informações da 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia), Silva estava foragido da Justiça desde o dia do crime e foi localizado na Cidade Ocidental (GO). Com o suspeito, a PCDF apreendeu R$ 7,3 mil em espécie, várias porções de maconha e uma arma de fogo.
Ainda de acordo com os investigadores, no interior da residência, foi encontrada uma placa na parede, com o símbolo EXP 17. O objeto remete à facção que o envolvido liderava. O criminoso acabou autuado em flagrante por tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo.
Menores envolvidos
Em maio, os policiais já haviam apreendido três adolescentes que participaram do ato infracional análogo ao crime de homicídio. Maria Eduarda foi atingida por três tiros quando saiu para buscar milho de pipoca. No dia do assassinato, testemunhas relataram que os autores dos disparos passaram em frente à residência das vítimas em um Voyage preto. Ao avistarem um dos irmãos da menina, começaram a atirar.
A pequena foi mais uma vítima da disputa de territórios por gangues de Ceilândia. Os grupos atuam entre as quadras QNO 17 e 18. Com a prisão dos líderes adultos, os menores estão em guerra para dominar o espaço.
Um desses menores teria fugido de um centro de internação no dia 17 de maio e praticado o chamado “atentado”, que consiste em espancar e torturar um integrante da organização rival. No dia 20, o grupo ao qual a vítima do espancamento pertence reuniu-se e executou, com um tiro na cabeça, um jovem de 17 anos. O adolescente estava com a irmã, 12, em uma parada de ônibus na QNO 17.
A resposta veio rápido. Quatro dias depois, a casa de Maria Eduarda foi alvo de um ataque a tiros. O auxiliar administrativo Alan Jones Ferreira de Carvalho, 36, tio das vítimas, disse que o sobrinho, 15, teria envolvimento com drogas. “Tentaram matá-lo há cerca de dois meses, aqui mesmo, no quintal. Deram vários tiros, mas felizmente ninguém saiu ferido. Depois disso, ele foi embora e não sabemos onde está”, afirmou na ocasião.