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Violento, bando executou seis roubos de cargas no DF e Entorno

Quadrilha presa nesta quarta (12) assaltava motoristas nas estradas e vendia mercadorias a receptadores. Prejuízo às empresas é de R$ 500 mi

atualizado

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quadrilha roubo de cargas
1 de 1 quadrilha roubo de cargas - Foto: Mirelle Pinheiro/Metrópoles

Uma organização criminosa especializada no roubo de cargas foi alvo da Operação Pallum, deflagrada pela Polícia Civil do DF na manhã desta quarta-feira (12/9). Foram cumpridos oito mandados de prisão temporária, cinco de preventiva e 13 de busca e apreensão em Santa Maria, Gama, São Sebastião, Planaltina, Valparaíso (GO), Novo Gama (GO). Pedregal (GO) e Luziânia (GO).

A investigação é da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos de Cargas da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri). O grupo é acusado de ter cometido ao menos seis roubos em quatro meses, sendo cinco no DF e um no Entorno. O prejuízo total estimado é de R$ 500 mil.

De acordo com a polícia, o grupo é estruturado e caracterizado pela divisão de tarefas. “A organização criminosa atuante no Distrito Federal e na Região do Entorno funcionava como uma verdadeira empresa, tendo sua base situada no Gama”, disse o coordenador da Corpatri, Marco Aurélio Vergílio. “Essa carga era armazenada em um depósito do grupo criminoso e, posteriormente, era vendida a pequenos comerciantes situados no Distrito Federal e Entorno”, completou.

As investigações indicaram que o grupo aliciava funcionários das empresas que eram vítimas da quadrilha para receberem informações privilegiadas, como a rota de entrega das mercadorias, valor da carga transportada, horário das distribuições, dispositivos de rastreamento do veículo, da carga e botão de pânico. Com essas informações, o grupo se reunia para cometer o roubo.

“Durante a execução dos delitos, os investigados usavam veículos produtos de roubo adulterados, armas de fogo, máscaras cirúrgicas, luvas e óculos escuros, estes últimos itens com objetivo de não serem identificados”, explicou o delegado.

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Criminosos agiam armados
Carga de cigarro apreendida pela polícia
Mercadoria era vendida para pequenos comerciantes
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Operação foi deflagrada na última quarta-feira (12/9)

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Criminosos agiam armados

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Carga de cigarro apreendida pela polícia

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Mercadoria era vendida para pequenos comerciantes

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A Corpatri identificou que os criminosos faziam uso de “atravessadores” que intermediavam as vendas das mercadorias roubadas junto a pequenos comerciantes.Os criminosos negociavam as cargas  em torno de 50% a 60% do valor real da nota fiscal. Os pagamentos à organização criminosa, geralmente, eram feitos em espécie ou por transferência bancária.

Presos
Segundo a investigação, o grupo era liderado por Bruno Alessandro Soares. Os outros presos são: Erinaldon do Santos; Thiago da Silva Nunes; Pedro Henrique Souza de Oliveira; Francisco Ubiratan Maia Chaves; Márcio Dias do Nascimento, Daniel Pereira Marques; Isaac Lincoln Evangelista, Pedro Gabriel de Souza Galdino; e Alexandre Ferreira Lima.

Os investigados foram indiciados por organização criminosa (cuja pena é de três a oito anos de reclusão) e roubo de carga majorado (quatro a 10 anos), com aumento de dois terços devido o emprego de arma de fogo. Se condenados, podem pegar mais de 30 anos de reclusão.

Ação violenta
De acordo com a polícia, durante os roubos, os criminosos mantinham os motoristas em restrição de liberdade e os ameaçavam. A quadrilha também costumava usar óculos, toucas e luvas para não ser identificada ou dificultar as investigações. Um comerciante confessou saber que as mercadorias eram roubadas.

Durante a operação, cinco carros foram apreendidos. A polícia também recolheu 774 maços de cigarro e mais 121 carteiras de cigarro avulsas, que estavam em uma distribuidora de bebidas de um dos receptadores, em Planaltina. Ele foi autuado em flagrante. Cada caminhão com esse tipo de mercadoria valia em torno de R$ 80 mil. No estabelecimento, os policiais encontraram até mesmo caixas com o nome da empresa que foi vítima do roubo.

O receptador foi identificado como Edilson Rocha. Ele teria pagado R$ 20 mil a Bruno Soares por uma carga de cigarros.

Um roubo que ocorreu neste ano, na Asa Norte, foi filmado por câmeras de segurança. Os policiais também rastrearam o local para onde mercadoria foi levada. Confira as imagens cedidas pela Polícia Civil:

Vocatus
Em junho deste ano, a Polícia Civil deflagrou uma outra megaoperação com foco no roubo de cargas. Ao todo, 11 pessoas foram alvo de mandados de prisão. A PCDF saiu às ruas na manhã do dia 13, com 200 homens para cumprir três conduções coercitivas (quando a pessoa é obrigada a depor) e 22 ordens judiciais de busca e apreensão. A ação ocorreu em Águas Claras, São Sebastião, Gama, Estrutural e Cidade Ocidental (GO).

        A Vocatus é um desdobramento de outra ação, deflagrada em 7 de março deste ano, na qual foram apreendidas aproximadamente 50 toneladas de mercadorias roubadas. O flagrante ocorreu em Ponte Alta, no Gama.

Confira quem é quem

Prisão preventiva

Bruno Alessandro Alves Soares — Acusado de ser o líder do grupo. Segundo a polícia, era o proprietário das armas utilizadas nos crimes. Ficava responsável pela guarda da carga roubada e dos veículos utilizados durante o assalto, além da venda da mercadoria;

Isaac Lincoln Evangelista — Braço direito de Bruno. Assediava os funcionários de empresas que repassavam informações sobre rotas, cargas e logística;

Erinaldo dos Santos — Era um dos “homens de frente”, ou seja, um dos executores direto dos roubos;

Pedro Gabriel de Souza Galdino — Vulgo “Montanha”. Trabalhava na Souza Cruz e, segundo a polícia, tinha informações privilegiadas sobre as mercadorias transportadas pela referida empresa, tais como: veículo que iria levar as mercadorias, itinerário das entregas, rastreador da carga e botão de pânico do veículo. De posse dessas informações, repassava ao grupo criminoso;

Francisco Ubiratan Maia Chaves — Vulgo “Ben 10”, é um dos executores direto dos roubos perpetrados pelo grupo criminoso;

Prisão temporária

Bruno Soares
Isaac Lincoln Evangelista
Erinaldo dos Santos
Thiago da Silva Nunes, vulgo “Smigle”
Pedro Henrique Souza de Oliveira
Márcio do Nascimento
Daniel Pereira Marques
Alexandre Ferreira Lima

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