Polícia Civil prende grileiros que atuavam no Lago Norte

Investigadores da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) da Polícia Civil do Distrito Federal prenderam dois homens por grilagem e parcelamento irregular do solo, na manhã desta sexta-feira (16/10). Os grileiros vendiam lotes irregulares no Lago Norte, próximo à Torre Digital. O loteamento é chamado de Condomínio Tomahawk e está situado em uma área pública pertencente à Terracap.

Os policiais da Dema apreenderam junto com os suspeitos uma série de termos de cessões de direito sobre os lotes, notas promissórias em branco e preenchidas e mapas com  6.706 unidades já delimitadas para a venda, medindo cada um aproximadamente 600 metros quadrados, a um preço médio de R$ 50 mil cada.

De acordo com as investigações, existe uma quadrilha por trás da grilagem na região, considerada valiosa comercialmente. O espaço, que equivale a uma área de aproximadamente 400 campos de futebol, foi tola loteada “virtualmente” para despistar a polícia. o esquema era coordenador por um falso corretor de imóveis de 57 anos e um homem de 63 anos que se dizia dono de 27 lotes no condomínio. O nome dos suspeitos não foi divulgado pela delegacia.

Segundo a delegada-adjunta da Dema, Marilisa Gomes da Silva, o suposto dono dos lotes já havia comercializado, de forma fraudulenta, sete terrenos de 600 metros quadrados. “O esquema estava muito bem estruturado. Esse suspeito, que se dizia dono dos terrenos, possuia documentos de cessão de posse forjados e contava com uma lábia muito grande para convencer as vítimas a comprarem um lote no suposto condomínio. A região é muito bem localizada e com vista para o lago Paranoá. Isso atraia os compradores”, explicou a delegada.

Para atingir o maior número possível de pessoas interessadas em adquirir um lote, os grileiros utlizavam redes sociais e sites de compra e venda para oferecer os terrenos. A reportagem do Metrópoles encontrou vários anúncios de lotes à venda no Condomínio Tomahawk. “Os autores também fixavam faixas com anúncios de venda em vários pontos do DF. Com a prisão, esperamos que os golpes parem de ocorrer”, afirmou a delegada.