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Polícia Civil prende acusado de matar filho de bombeiro do DF

Jonathan Sousa Lopes, 20 anos, tem longo histórico criminal e foi reconhecido por testemunhas como autor do homicídio

atualizado

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Acusado da morte de Osterno Guilherme no Setor O
1 de 1 Acusado da morte de Osterno Guilherme no Setor O - Foto: PCDF/Reprodução

A Polícia Civil prendeu, na noite desta quarta-feira (14/11), um homem de 20 anos, suspeito de matar o adolescente Osterno Guilherme Martins Linhares de Sousa, 16 anos, com um tiro no rosto durante assalto na tarde de terça (13/11), na QNO 18, Setor O, em Ceilândia. Guilherme, como era chamado, morreu porque o celular entregue ao bandido era “velho demais”, segundo contaram testemunhas.

Jonathan Sousa Lopes (foto em destaque) estava em casa, no mesmo bairro onde teria cometido o assassinato, e foi reconhecido por pessoas que presenciaram a tragédia após ser encaminhado à 24ª Delegacia de Polícia (Setor O). Os agentes estavam há mais de 28 horas em diligência em busca do suspeito.

Segundo o delegado responsável pelas investigações, Ricardo Viana, o rapaz negou a prática do crime e disse aos policiais ter passado a terça-feira inteira dentro de casa. “É praxe dele negar os crimes que comete, mas já praticou vários roubos aqui na região”, contou.

Desta vez, acrescentou o delegado, “Jonathan foi desmentido pelos moradores da própria casa, que informaram a saída dele momentos antes do crime e o retorno pouco depois das 17h, portanto, logo após o assassinato”.

Segundo Viana, o suspeito cumpriu três anos de medida socioeducativa e saiu do centro de internação em fevereiro deste ano. “Em junho, ele voltou a ser flagrado cometendo outro roubo. Pedimos a prisão preventiva dele, mas a Justiça optou por liberá-lo”, contou o delegado.

Latrocínio
Filho de um militar do Corpo de Bombeiros lotado no Lago Norte, Guilherme morreu durante um assalto com um tiro pouco abaixo do queixo, segundo informações da equipe que prestou o socorro.

Testemunhas relataram que o ladrão reclamou do celular de Guilherme: disse que o aparelho era “muito velho” e mandou o adolescente entregar outros objetos de valor. A vítima declarou não ter mais nada. O criminoso, então, disparou contra o rosto do rapaz, que correu por alguns metros e caiu.

Um dos socorristas envolvidos no atendimento da ocorrência contou ao Metrópoles que, quando a equipe de bombeiros chegou ao local, Guilherme ainda estava vivo, mas com os sinais vitais muito fracos. Mesmo com o socorro, o jovem não resistiu e morreu na rua, perto de casa.

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Antonio Linhares de Souza (D), pai de Guilherme, estava inconsolável
Amigos e parentes se abraçam – tragédia em Ceilândia
Bombeiros chegaram a socorrer o rapaz
Antônio Jordan, irmão da vítima
Casa da família Linhares, no Setor O
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Guilherme tinha 16 anos e estudava no CED 15

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Antonio Linhares de Souza (D), pai de Guilherme, estava inconsolável

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Amigos e parentes se abraçam – tragédia em Ceilândia

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Bombeiros chegaram a socorrer o rapaz

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Antônio Jordan, irmão da vítima

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Casa da família Linhares, no Setor O

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A vítima havia acabado de chegar em casa após voltar do Centro de Ensino 15 (CED 15), onde estudava. Ele tocou a campainha, mas ninguém atendeu. O rapaz ligou para o pai, e o militar pediu que o adolescente o esperasse na esquina de casa, para seguirem até a loja de estofados da família. Guilherme iria ajudar com os afazeres do estabelecimento. Nesse meio tempo, foi abordado pelo criminoso, que chegou em uma bicicleta.

Sepultamento
Guilherme foi sepultado nesta quarta (14), no Cemitério de Taguatinga, sob forte comoção. Inconsolável, a mãe não abandonou o caixão do filho durante o velório. Precisou ficar sentada e recebeu apoio de familiares. Em silêncio durante quase toda a cerimônia, a mulher acariciava e beijava o rosto do filho pela última vez.

Para Antônio Jordan, um dos irmãos de Guilherme, “a dor maior é saber que meu irmão não vai realizar nenhum dos sonhos dele”. Assim como a mãe, o rapaz precisou de assistência médica, pois passou mal durante o velório e chegou a desmaiar. “Meu irmão morreu inocente. Tudo dói, principalmente não saber quem fez isso com ele.”

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