Polícia Civil investiga estupro de adolescente por motorista do Uber
Segundo a ocorrência, duas menores de idade estavam retornando de uma festa quando uma delas teria sido abusada pelo homem em Vicente Pires
atualizado
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A Polícia Civil do DF investiga a denúncia de estupro de uma adolescente de 15 anos por um motorista do aplicativo Uber. O caso ocorreu próximo a Vicente Pires, no sábado (11/6), quando a garota e uma amiga de 16 anos retornavam de uma festa. A ocorrência foi registrada no domingo (11) na 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga) e, posteriormente, transferida para a 38ª DP (Vicente Pires).
Segundo a ocorrência, as garotas seguiam de uma festa no Guará para outra, em Vicente Pires. Durante o trajeto, o motorista teria oferecido a viagem grátis em troca de sexo e a dupla recusado. A jovem, de 16 anos, no entanto, pediu ao condutor que parasse o veículo, pois ela estava apertada e precisava urinar.
Ainda de acordo com a ocorrência, o motorista teria aproveitado a ausência da garota para abusar sexualmente da outra jovem, que estava desacordada dentro do carro. Amigos contaram que elas saíram da festa sob efeito de álcool.Quando a outra adolescente voltou para o carro, teria visto o motorista com as calças abaixadas e o vestido da amiga levantado. Ela contou que ao questionar sobre o que ocorria, o homem teria respondido que a garota consentiu e só ia parar porque estava sem camisinha.
Mesmo após o abuso, o motorista deixou as adolescentes no local combinado. Quando a vítima começou voltar a si, não sabia contar o que tinha ocorrido. Porém, sentia muitas dores. As duas, acompanhadas dos responsáveis, registraram ocorrência na delegacia de Taguatinga.
A vítima também foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) e ao Hospital Materno Infantil (Hmib), onde tomou medicamentos. O suspeito já foi identificado pela polícia. Porém, ele ainda não havia sido preso até esta publicação.
A reportagem entrou em contato com o aplicativo Uber, que ainda não se manifestou sobre o caso.
Os casos de estupro registraram um aumento de 77,4% em maio deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento divulgado pela Secretaria de Segurança. Passaram de 53 registros para 94.
Outro caso
Em janeiro deste ano, o motorista do Uber Alexandre Rodrigues de Sousa, 41 anos, foi preso em Goiânia acusado de estupro. Segundo a polícia, ele oferecia corridas fora do aplicativo na saída de boates e shows para abordar as vítimas.
Informações da polícia apontam que o primeiro crime atribuído ao motorista foi no dia 2 de novembro. Imagens de câmeras de segurança mostram uma jovem de 20 anos saindo de um show. Ela é abordada por um homem de camisa preta, que se oferece para levá-la até sua casa por um preço acordado.
Mentira
No final do mês de maio, um homem foi acusado, em Planaltina, de estuprar uma aluna na saída da escola. Uma semana depois, segundo a Polícia Civil, as investigações apuraram que a acusação era falsa. De acordo com a corporação, a história foi inventada pela jovem, que após ser confrontada com novas provas, mudou sua versão durante depoimento e negou a ocorrência de estupro.
Ele chegou a ser preso em flagrante pelo crime. Alan Venceslau de França era um conhecido da garota e foi detido em casa pela Polícia Militar, após ser apontado pela adolescente como o autor do suposto estupro. Depois da constatação dos investigadores que a história foi inventada, conseguiu mandado de soltura no dia 2/6 e foi liberado.
Ao Metrópoles, França mostrou-se preocupado com o futuro: “Minha vida acabou”. Alan é quase vizinho da vítima que o acusou, mas afirma que não a conhece. Diz também que não tem a mínima ideia do porquê ela pode ter decidido fazer o que fez, mas alega não manter ódio pela garota. Agora, em casa, ele afirma estar mais tranquilo. No entanto, a sombra dos últimos dias continua a pesar. “Estou um pouco mais aliviado. Mas não sei o que vai ser da minha vida”, finaliza.