metropoles.com

Polícia Civil identifica sequestradora do bebê levado do Hran

Investigadores fazem buscas em dois endereços, no Guará e em Unaí (MG), e podem prender a suspeita do crime a qualquer momento

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Hopspital Hran – Brasília(DF), 21/12/2015
1 de 1 Hopspital Hran – Brasília(DF), 21/12/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal está em busca de uma mulher de 25 anos, moradora do Guará. Nascida em 20/8/1991, G.O.A. seria a principal suspeita de ter sequestrado, na tarde desta terça-feira (6/6), uma criança recém-nascida no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Os investigadores fazem diligências em dois endereços atrás da mulher. Além do Guará, eles monitoram a família da suspeita, no município de Unaí (MG).

O Metrópoles não vai revelar a identidade da suposta sequestradora para preservar a integridade física do bebê, que ainda está em seu poder. O menino tem apenas 12 dias de vida. Na sua página em uma rede social, G.O.A postou foto dela e de um rapaz, em 6 de novembro de 2016, dizendo que o casal teria o “primeiro pimpolho”. Na imagem, a mulher estava com as mãos na barriga, mas não informava quanto tempo tinha de gestação nem quando nasceria a criança. A postagem completa nove meses em agosto.

Veja imagens da suspeita nas redes sociais:

8 imagens
1 de 8

Arquivo Pessoal
2 de 8

Arquivo Pessoal
3 de 8

Arquivo Pessoal
4 de 8

Arquivo Pessoal
5 de 8

Arquivo Pessoal
6 de 8

Arquivo Pessoal
7 de 8

Arquivo Pessoal
8 de 8

Arquivo Pessoal

Testemunhas informaram à polícia que a sequestradora era uma mulher loira de vestido florido. Ela teria levado o bebê no momento em que a mãe, Sara Maria da Silva, 19 anos, participava de uma atividade com outras pacientes da maternidade. Sara esperava levar o filho para casa nesta quarta-feira (7). Ele nasceu em 25/5.

Segundo o conselheiro tutelar que acompanha o caso, Djalma Nascimento, o pai estava na residência da família, no Setor de Chácaras Santa Luzia, na Estrutural. “O pai estava em casa capinando o terreno para receber a criança. A mãe e o bebê teriam alta nesta quarta-feira”, disse. Ele ainda contou que a mãe viu uma mulher entrar com uma bolsa no quarto. “Depois o bebê e a bolsa desapareceram”, resumiu.

9 imagens
Ao fundo, a mãe e a avó do bebê, na DRS
Movimentação na DRS, no Setor de Garagens Norte
José Adorno, diretor do Hran
Ala interditada no Hran, onde o bebê foi sequestrado
Fachada do Hran
1 de 9

Família do bebê sequestrado na Delegacia de Repressão a Sequestro

Rafaela Felicciano/Metrópoles
2 de 9

Ao fundo, a mãe e a avó do bebê, na DRS

Rafaela Feliccciano/Metrópoles
3 de 9

Movimentação na DRS, no Setor de Garagens Norte

Rafaela Felicciano/Metrópoles
4 de 9

José Adorno, diretor do Hran

Rafaela Felicciano/Metrópoles
5 de 9

Ala interditada no Hran, onde o bebê foi sequestrado

Matheus Oliveira/Agência Saúde.
6 de 9

Fachada do Hran

Daniel Ferreira/ Metrópoles
7 de 9

O Hospital Regional da Asa Norte foi palco do sequestro de um bebê na terça (6/6)

Daniel Ferreira/Metrópoles
8 de 9

Vigilantes não receberam o pagamento de novembro

Michael Melo/ Metrópoles
9 de 9

Pedro Júnior Rosalino, o Pedrinho

DIOMÍCIO GOMES/O POPULAR

 

A hipótese mais provável é de que a sequestradora tenha colocado a criança dentro da bolsa para sair do hospital, burlando a segurança da unidade. Nenhuma das seis câmeras de segurança instaladas no alojamento conjunto do 2º andar do Hran, onde mãe e filho estavam, registrou as cenas: o processo de contratação de empresa especializada no serviço foi suspenso pelo Tribunal de Contas do DF. A ausência do monitoramento eletrônico contraria a Lei Distrital nº 4.635/2011, de iniciativa do distrital Wellington Luiz (PMDB).

A norma determina que todas as unidades de terapia intensiva neonatal, os berçários e as maternidades das redes pública e particular de saúde do DF sejam “monitoradas permanentemente por equipamentos de áudio e vídeo”. O objetivo da lei era justamente coibir casos de rapto de crianças, como já tinha acontecido em Brasília em 1986 (leia abaixo).

A apuração do rapto dessa terça-feira está sob a responsabilidade da Delegacia de Repressão a Sequestro (DRS), que faz as diligências atrás da suspeita. Além dos pais da criança, os investigadores também colheram depoimento de testemunhas para chegar à identidade de G.O.A. e a seus endereços.

Caso Pedrinho
O caso registrado no Hran é parecido com o de Pedro Júnior Rosalino Braule Pinto, Pedrinho, que foi sequestrado em 1986 na maternidade do Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul. Levado para Goiânia, ele viveu 16 anos como filho de Vilma Martins Costa, com o nome de Osvaldo Martins Borges.

Simulando uma gravidez, Vilma sequestrou a criança para forçar o então companheiro, também Osvaldo Martins Borges, a se casar com ela. Ela acabou conseguindo seu objetivo. Ao ver a mulher supostamente grávida, Osvaldo deixou a família e criou Pedrinho com Vilma como se fosse seu filho legítimo.

Em 2002, os pais biológicos, que moram em Brasília, encontraram o menino. Ele se mudou para Brasília, mas nunca perdeu contato com Vilma, que chegou a ser condenada e cumprir pena em regime fechado. O caso inspirou o sucesso televisivo Senhora do Destino.

Pedrinho virou advogado, casou-se, tem filho e mora na capital do país. Atualmente, compõe a banca de defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG). Quinze anos depois de o rapaz ser encontrado, outro episódio semelhante, desta vez, no Hran.

Aguarde mais informações

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?