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Polícia Civil faz megaoperação contra o PCC no Distrito Federal

Entre os alvos de mandados de prisão, busca e apreensão, estão advogados e presidiários acusados de integrarem a facção criminosa

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PCDF  – Polícia Civil faz megaoperação contra o PCC no Distrito Federal
1 de 1 PCDF – Polícia Civil faz megaoperação contra o PCC no Distrito Federal - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Megaoperação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (07/01/2020) para coibir a consolidação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Distrito Federal. A ação, batizada de Operação Guardiã 61, é coordenada pela Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac). Foram expedidos 14 mandados de prisão preventiva, 10 de busca e apreensão, além da colocação de tornozeleira eletrônica em um dos alvos, conforme ordens expedidas pela da 5ª vara criminal do DF.

A ação tem apoio do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional (Nupri) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe), do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e conta com a participação de 120 policiais. Os investigados estão sujeitos a penas de três a oito anos por promover, constituir e integrar organização criminosa.

Segundo os investigadores, célula da organização criminosa era composta por ao menos 30 integrantes e atuava praticando crimes como roubos e tráfico de drogas. O grupo se dividia em núcleos específicos de atuação. Parte se dedicava às práticas criminosas e a outra tentava estabelecer condições para o desenvolvimento e a consolidação do grupo na capital federal, uma vez que a alta cúpula da facção está presa no Presídio Federal de Brasília.

Ao longo de um ano de investigação, foram identificados integrantes distribuídos estrategicamente em setores de atuação, com o auxílio de advogados, presidiários e criminosos egressos do sistema prisional, os quais praticam o tráfico de drogas e armas, roubos e ameaças a autoridades.

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Imagens da operação contra o PCC
A suspensão do SVG em fevereiro foi uma estratégia que os policiais civis adotaram para pressionar o GDF a atender às principais demandas da categoria
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A suspensão do SVG em fevereiro foi uma estratégia que os policiais civis adotaram para pressionar o GDF a atender às principais demandas da categoria

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De acordo com a Difac, divisão da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organziado (Cecor), a estrutura da organização formava uma intricada rede de atividades criminosas, com a participação de indivíduos radicados em presídios de Presidente Venceslau (SP), Piraquara (PR) e Uberaba (MG). Tais ações seriam impulsionadas pela presença de lideranças do PCC no Presídio Federal de Brasília

Plano de fuga

Em 20 de dezembro de 2019, o Metrópoles revelou com exclusividade que os integrantes da organização planejam colocar em prática o plano de resgate do líder máximo do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Condenado há mais de 300 anos de prisão, Marcola cumpre pena no Presídio Federal de Brasília. A unidade chegou a receber reforço de tropas do Exército.

As informações sobre o plano de resgate partiram de São Paulo. O estado é berço da facção criminosa. Marcola foi transferido para a capital federal em março de 2019 sob forte aparato policial.

Há indícios de que o suposto resgate estaria pago e seria feito pelo traficante internacional Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho. Ele é um dos principais nomes do PCC que está solto e atua nas ruas.

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Servidores do Depen vão operar os blindados
Na unidade prisional, que fica no Complexo Penitenciário da Papuda, há circuito de câmeras com transmissões em tempo real, além de sensores de movimento e alarmes
Os blindados serão usados para manter a segurança no perímetro do presídio federal
O presídio mantém encarcerados alguns dos presos mais perigosos do país
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Marcola cumpre pena no Presídio Federal de Brasília

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Servidores do Depen vão operar os blindados

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Na unidade prisional, que fica no Complexo Penitenciário da Papuda, há circuito de câmeras com transmissões em tempo real, além de sensores de movimento e alarmes

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Os blindados serão usados para manter a segurança no perímetro do presídio federal

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O presídio mantém encarcerados alguns dos presos mais perigosos do país

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Os criminosos estariam aguardando o aval de Fuminho para colocar o plano em prática

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Marcola e outros presos foram trazidos em avião da FAB para Brasília em março de 2019

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Comboio para levar Marcola ao Presídio Federal de Brasília em fevereiro de 2019

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Esquema especial de segurança foi montado para receber a liderança do PCC

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Na época, ruas foram fechadas para passagem do comboio

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De acordo com informações, os criminosos estariam aguardando o aval de Fuminho para colocar o plano em prática. O PCC teria reunido um verdadeiro exército de alto nível e com criminosos que possuem conhecimento militar e de armamentos. A facção já teria mapeado os arredores do complexo penitenciário em Brasília com o uso de drones.

Líder

Marcola foi preso pela primeira vez pela polícia paulista no final da década de 1990, por roubos a carros-fortes e bancos. Na prisão, também foi condenado por formação de quadrilha, tráfico de drogas e homicídio.

Recentemente, a Justiça o condenou a 30 anos de prisão no processo da Operação Ethos, que investigou o setor jurídico da organização criminosa. Com essa decisão, o total das penas impostas a Marcola ultrapassa 300 anos.

Para justificar a transferência de Marcola do presídio de Presidente Venceslau para Brasília, promotores do Ministério Público de São Paulo afirmaram que o PCC planejava resgatá-lo. De acordo com eles, foram gastos dezenas de milhões de dólares no plano, investindo em logística, compra de veículos blindados, aeronaves, material bélico, armamento de guerra e treinamento de pessoal.

Desconforto

A chegada dele ao Presídio Federal de Brasília, em março do ano passado, causou mal-estar entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o governador, Ibaneis Rocha (MDB), contrário à permanência de lideranças de facções no Distrito Federal.

À época, o emedebista mostrou-se preocupado com a segurança da capital da República, visto que familiares e integrantes dos grupos criminosos se instalariam na cidade para ficar mais perto de seus comandos.

O líder da organização criminosa paulista foi trazido de Rondônia com outros três presos para o presídio do DF no mesmo dia que a Polícia Civil deflagrou uma operação e prendeu oito pessoas acusadas de fazerem parte do PCC na capital.

 

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