Polícia Civil do DF encerra greve que já durava 22 dias

Vinte e dois dias de paralisação, seis assembleias, um encontro com o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e a promessa de isonomia com a Polícia Federal. Mesmo sem um real de aumento, a categoria resolveu voltar ao trabalho nesta terça-feira (22/9). “Vamos dar um voto de confiança ao governador”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Policais Civis (Sinpol), Renato Rincon.

Rincon refere-se à promessa de Rollemberg de aplicar o mesmo aumento que porventura os policiais federais receberem do Governo Federal aos agentes do DF. A exemplo da corporação brasiliense, a PF também está mobilizada. As 27 entidades que representam as corporações dos estados e DF estão reunidas para avaliar as propostas do governo. “Não sabemos o que eles estão pedindo. Mas será estendido para a gente também”, afirmou Rincon.

Auxílio-moradia
A categoria retornou ao trabalho um dia depois da promulgação de emenda à Lei Orgânica do DF que estabelece o pagamento do auxilio-alimentação, auxílio-moradia e de uniforme para a categoria, benefícios que são concedidos à Polícia Militar.

Além disso, os policiais conseguiram também outro acordo de boca com o governo. Na semana passada, uma comissão do Sinpol entregou a proposta de minuta de projeto com a criação de critérios para a remoção de policiais de unidade.

Na prática, o Sinpol quer impor dificuldades para a transferência de policiais dentro da corporação. “Isso dará mais autonomia ao policial na investigação. Hoje, o policial que começa a investigar um crime que desagrada alguma autoridade é transferido de delegacia sem explicação”, diz Rincon.

Segundo ele, Rollemberg determinou que o diretor da PCDF, Eric Sebba, monte um grupo de trabalho para estudar o pedido da categoria. O resultado deve ser apresentado em 30 dias. O deputado distrital Wellington Luiz (PMDB) considerou a decisão acertada. “Foi tomada com muita responsabilidade”, afirmou.