Polícia Civil apreende uma tonelada de maconha e prende dez pessoas em operação no DF
Além do entorpecente, foram apreendidos quatro quilos de haxixe, uma pistola e cinco veículos
atualizado
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A Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), da Polícia Civil do Distrito Federal, deflagrou a Operação Cinderela na terça-feira (2/2). A ação resultou na prisão de 10 pessoas e na apreensão de uma tonelada de maconha, quatro quilos de haxixe, uma pistola calibre 40 com dois carregadores e 50 munições, um Fiat/Pálio Weekend clonado e mais quatro veículos. Os entorpecentes foram localizados nas proximidades de Águas Lindas (GO), entorno do DF.
O delegado-chefe da Cord, Rodrigo Bonach, acredita que os entorpecentes vinham para abastecer o Carnaval do DF. “A quantidade de maconha representa a maior apreensão da droga no último ano e a de haxixe é uma das maiores já realizadas no DF”, explicou.Foram dois meses de investigação para que a Polícia Civil chegasse aos criminosos. Eles foram monitorados de Ponta Porã (MS) até a entrada no Distrito Federal e localizados entre as cidades de Águas Lindas (GO) e Ceilândia. De acordo com o delegado, a quadrilha era do DF e atuava nas regiões de Samambaia, Vicente Pires e Santa Maria.
Eles utilizavam um forte esquema de transporte com quatro batedores e rádios, além de preparar o veículo, com suspensão reforçada, para o transporte da droga. Os suspeitos também utilizavam dois jogos de placas de carros, que os auxiliavam na fuga.
A polícia abordou cinco veículos que faziam parte de um comboio para transporte do carregamento de drogas para o DF: um VW/Voyage, um VW/Polo, um Fiat/Siena, um Fiat/Punto e um Fiat/Pálio Weekend. Os dois últimos fugiram do local e foram perseguidos até as proximidades de Edilânia (GO), onde foram abandonados. Toda a droga e a pistola estavam no Fiat/Pálio Weekend. A ação contou com o apoio das divisões de Operações Especiais (DOE), Operações Aéreas (DOA) e Transportes (Ditran).
Várias passagens
Todos os criminosos tinham passagens pela polícia. O líder da quadrilha, José Dário Lima da Silva, de 45 anos, já era conhecido por corrupção de menores e violação de direito autoral. “Uma parte da quadrilha já era conhecida da polícia por praticar a pirataria e já tinha sido presa. Eles migraram do crime contra a propriedade imaterial para o tráfico de drogas”, explica o delegado.
Os outros integrantes do grupo, segundo a polícia, tinham passagens por diversos crimes como homicídio, roubo, receptação, contrabando e crimes de natureza sexual.
Um deles, Clesivaldo Pereira de Lima, conhecido como Pezinho, de 37 anos, era o braço-direito de Dário. Ele já tinha passagens por contrabando, descaminho, ameaça e resistência. A operação foi batizada em homenagem ao apelido do comparsa.
Eles foram autuados por tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico, porte de arma de fogo de uso restrito e adulteração de sinais identificadores de veículo. Segundo o delegado, o somatório das penas pode variar de 14 a 37 anos reclusão.