Polícia Civil apreende 16 tijolos de maconha com quadrilha de traficantes. Funcionário do STF é apontado como líder
A abordagem, que resultou na apreensão, foi realizada na BR-040, próximo ao Gama, após um dos investigados ir buscar a “mula” na rodoviária de Brasília
atualizado
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A Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) apreendeu 16 tijolos de maconha e prendeu um mensageiro que trabalhava no gabinete de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de ser o líder de uma quadrilha que trazia maconha de Goiânia para o Distrito Federal.
Vinicius Corrêa Dias, vulgo Vila, 30 anos (de bermuda preta e blusa branca na foto de destaque), cumpria pena em regime domiciliar e trabalhava no Supremo há dois anos. Outros três homens foram presos na ação, batizada de Operação Têmis, que ocorreu entre a noite de sexta-feira (22/1) e a madrugada de sábado (24).Ele trabalhava como terceirizado, num programa de ressocialização de presos. Vinícius, segundo o delegado Leonardo de Castro Cardoso, ia uma vez na semana à Vara de Execução Penais para assinar um termo de que estava “dentro da lei”.
“Ele trabalhava cinco horas por dia e recebia um auxílio de R$ 1,8 mil. No momento da prisão, chegou a dar uma “carteirada” falando que era do STF e trabalhava com o ministro”, destacou Cardoso.
Toda semana, a quadrilha transportava de 15 a 20 quilos da droga para o DF.
Com os criminosos, a polícia ainda apreendeu cerca de R$ 2 mil e dois carros clonados. De acordo com a polícia, eles atuavam há mais de um ano adquirindo a droga de um fornecedor, identificado como Adriano, que está preso em Aparecida de Goiânia.
Detido por tráfico desde 2007, Adriano negociava a droga por celular. O dinheiro era depositado na conta da mulher dele.
Após comprar a maconha, o grupo liderado por Vinicius vendia a droga em Valparaíso, em Goiás, Santa Maria e Guará. O quilo valia cerca de R$ 1,8 mil.
Flagrante
A abordagem, que resultou na apreensão, foi realizada na BR-040, próximo ao Gama, após Bruno Martins Maia, 31, ir buscar Diego Vitalino, que recebeu R$ 1 mil para cumprir o papel de “mula”, na Rodoviária de Brasília. Diego saiu de Goiânia e carregou a droga até o DF.
Agentes da Cord seguiram o veículo até Valparaíso. Na região, localizaram a casa de Vinicius e de Bruno. Nas casas foram encontradas mais drogas. A polícia também conseguiu identificar o quarto e último integrante da organização criminosa: Edvaldo da Silva, 26 anos. Se condenados por tráfico de drogas, os suspeitos podem cumprir de 15 a 20 anos de prisão.
Outro fator que contribuiu com as investigações foi a prisão de duas mulheres que carregavam 195 Kg de maconha, em outubro do ano passado. Elas foram detidas BR-060 , na região do Engenho das Lages, no Gama. Dois carros, celulares e dinheiro também foram apreendidos.