PMDF nega boato de que parentes farão protesto como no Espírito Santo
População ficou assustada após divulgação de mensagens que indicavam movimento similar ao que ocorre no Espírito Santo, nesta sexta (10/2)
atualizado
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Uma mensagem que circula em grupos de policiais militares do Distrito Federal tem deixado a população preocupada. No texto, compartilhado pelo aplicativo WhatsApp, o autor pede que os brasilienses não saiam de casa na próxima sexta-feira (10/2), já que, segundo a mensagem, familiares de PMs impedirão a saída de viaturas dos batalhões da corporação, assim como tem acontecido no Espírito Santo desde o último dia 4.
De acordo com o texto, a categoria reivindica reajuste de salários, melhoria no plano de carreira, adicionais de periculosidade e insalubridade, entre outros pedidos. “Agora é guerra!!! Ou valoriza o PM ou vamos parar”, termina a mensagem.
Segundo a Polícia Militar, no entanto, não há motivo para preocupação. A corporação afirma que o conteúdo da mensagem é falso e que não há movimentação para o bloqueio da saída de batalhões no DF. A informação é reiterada pelo vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do DF (Aspra-DF), Manoel Sansão.No entanto, ele faz uma ressalva: “Por enquanto, não há motivo para movimentações como essa. No entanto, existe uma mobilização nacional de policiais e bombeiros militares contra uma possível perda de direitos”. De acordo com Sansão, projetos como a reforma da Previdência e a PEC 287, que tratam da seguridade social; e a Medida Provisória 760/2016, que dispõe sobre a progressão profissional das carreiras, “deixam a PM e os bombeiros em uma situação muito difícil”.
Os militares em Brasília e no Brasil não vão aceitar isso, mas as negociações ainda estão em andamento. A mobilização existe mas por enquanto não há nada definido
Manoel Sansão, vice-presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares do DF
Espírito Santo
Desde o último sábado (4), a população do Espírito Santo tem enfrentado momentos de terror. Familiares de policiais militares do estado impedem a saída de viaturas dos batalhões da corporação e o policiamento ostensivo nas ruas foi prejudicado.
Por conta da situação, nos últimos quatro dias, foram contabilizadas 75 mortes violentas no estado. Além disso, lojas foram saqueadas e há registros de tiroteios.