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PM compra Mercedes que foi apreendida no DF por suspeita de roubo

Policial pagou para trazer veículo da Paraíba e, ao pegar o automóvel, descobriu que ele foi usado em um assalto após chegar ao DF

atualizado

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Wikimedia.org/Reprodução
mercedes a200
1 de 1 mercedes a200 - Foto: Wikimedia.org/Reprodução

Um policial militar de Brasília está há mais de um mês com o carro apreendido na Polícia Civil. Ao ser abordado por colegas da corporação, ele descobriu que a Mercedes A200 dele foi usada em ao menos um roubo a posto de combustíveis no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). O crime ocorreu no dia 3 de dezembro do ano passado.

Rodrigo Campos, 31 anos, que também é empresário, comprou o veículo em João Pessoa (PB) e só o pegou com a transportadora de Brasília no dia 8 de dezembro. Além de ter passado pelo constrangimento de ser abordado pela polícia na porta de casa, não sabe quando terá o carro de volta. A perícia foi agendada para fevereiro e, só então, a polícia vai decidir se abre inquérito ou devolve o automóvel para ele.

O drama de Rodrigo começou no dia 17 de novembro do ano passado, quando ele contratou a Transpax DF para trazer o carro de João Pessoa a Brasília. Ele recebeu uma ligação da transportadora no dia 7 de dezembro sendo informado que o carro havia acabado de chegar à capital.

No dia seguinte, quando foi buscar o veículo no pátio da Transpax, o empresário notou sujeira nos bancos e arranhões na lataria, além de 549 km a mais do que havia sido registrado ainda na Paraíba.

Padrinho quase perde casamento
Dois dias depois de ter recebido o carro, Rodrigo Campos foi abordado por uma equipe da Polícia Militar na porta do prédio onde mora, no Sudoeste. Na ocasião, acabou impedido de seguir para o casamento onde seria padrinho pois, naquele momento, os militares não descartavam que ele pudesse ser suspeito do roubo.

Como também é PM, Rodrigo foi levado para um batalhão da corporação. Depois de algumas horas na unidade, os policiais permitiram que ele fosse ao casamento apenas para entrar na igreja com a mulher. Logo após a cerimônia, teve de voltar ao batalhão.

Depois de apresentar toda a documentação de compra do carro e o contrato com a empresa Transpax, ele foi liberado, mas o carro permaneceu apreendido.

A foto do empresário sendo abordado pela PM foi parar em grupos de WhatsApp. Em um dos comentários, ele é chamado de “peba pagando de rico”, o que, segundo Rodrigo, “acarretou mais constrangimento”.

Reprodução

 

O caso foi registrado na 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro Velho). Até agora, ele não sabe quando terá o carro de volta. “Não recebi uma ligação sequer da transportadora para me dar ao menos uma satisfação. Como estou sem carro, preciso andar com algum alugado ou emprestado”, explica Rodrigo.

A Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom) informou que a perícia no veículo foi agendada para 9 de fevereiro. “Somente após a perícia, a autoridade policial decidirá pela instauração de inquérito policial ou pela restituição do veículo para o interessado”, detalhou, em nota.

Empresa subcontratada
Já representantes da Transpax informaram terem ficado surpresos com o caso. Segundo eles, a empresa subcontratou outra transportadora para trazer a Mercedes de João Pessoa.

Segundo a Transpax, os donos buscariam informações com a subcontratada para saber o que pode ter ocorrido. Mas garantiu que não estava em posse do carro no dia do roubo ao posto. O Metrópoles, no entanto, apurou que a Mercedes já circulava em Brasília desde 1º de dezembro do ano passado.

Giovanna Bembom/Metrópoles
O carro de Rodrigo está no pátio da 3ª DP (Cruzeiro Velho)

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