PM acusado de matar segurança foi denunciado por tortura em Goiás
Yuri Rafael Miranda, que deu cinco tiros em Kássio Enrique de Souza (foto), foi denunciado pelo MP-GO por torturar três mulheres
atualizado
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Acusado de ser o autor dos disparos que mataram o segurança Kássio Enrique Ribeiro de Souza, 26 anos, na madrugada deste domingo (23), o policial militar Yuri Rafael Rodrigues da Silva Miranda tem vários processos contra ele na Justiça. Em uma das ações, Yuri é acusado de tortura e abuso de autoridade.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de Goiás, cinco policiais militares, lotados no 19º Batalhão, teriam torturado três mulheres, em julho de 2013. A intenção do grupo seria obter informações sobre o paradeiro do suposto autor de crimes em Valparaíso (GO).
Denúncia do Ministério Público de Goiás contra Yuri Rafael Rodrigues da Silva Miranda by Metropoles on Scribd
Segundo a investigação criminal, os cinco policiais abordaram três vítimas, questionando informações sobre o paradeiro do filho de uma delas. Durante a conversa, Douglas Alexandre Batista algemou e bateu em uma das mulheres. As três teriam sido mantidas sob custódia dos militares.
Os detalhes mostram que quatro militares teriam invadido a residência de uma mulher em busca do suspeito. Douglas Alexandre e Marcelino, então, torturaram as vítimas. Os demais, incluindo Yuri Rafael, segundo o promotor, não impediram a ação dos colegas.
As vítimas disseram que, além de tapas e socos desferidos pelos policiais, elas tiveram as cabeças golpeadas contra a parede. Segundo o MP, Douglas Alexandre ameaçou matá-las e asfixiou uma das vítimas com uma mangueira. Por fim, os militares teriam feito ameaças de morte e de violência sexual às mulheres.
Yuri Rafael Rodrigues da Silva Miranda foi denunciado por abuso de autoridade (violação de domicílio) e tortura, assim como César Silva Dourado, Douglas Alexandre Martins Batista e Marcelino Figueiredo de Assis. Já Alex Soares de Oliveira, apenas por tortura.
O processo está em tramitação no Tribunal de Justiça de Goiás e a última atualização, ocorrida no dia 3 de outubro, mostra a espera de “devolução de precatória”. O site do TJ-GO está com problemas técnicos e, portanto, não é possível consultar mais detalhes da ação. O Metrópoles tentou contato com o Batalhão onde Yuri trabalha para saber se ele está afastado, mas ninguém atendeu às ligações.