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“Placar de benefícios” dados pelo governo: PCDF 5×0 PMDF, diz entidade

Policiais militares já anunciaram o início da Operação Tartaruga, quando o ritmo de trabalho diminui significativamente

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Governo do Distrito Federal entrega os novos carros da marca Corolla a Policia Militar do DF – Brasília(DF), 08/08/2017
1 de 1 Governo do Distrito Federal entrega os novos carros da marca Corolla a Policia Militar do DF – Brasília(DF), 08/08/2017 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A proposta de aumento salarial de 37% aos policiais civis do Distrito Federal anunciada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), nessa terça-feira (19/2), acirrou os ânimos na Polícia Militar (PMDF). Inconformados, alguns militares já confessam ter iniciado uma Operação Tartaruga – quando o ritmo de trabalho diminui significativamente. O Governo do Distrito Federal (GDF) promete apresentar uma proposta à categoria ainda neste mês.

Por meio de nota, a Associação dos Oficiais da PM (Asof) afirmou entender a concessão do reajuste à Polícia Civil, julgando “merecida”, mas ressaltou que os militares aguardam tratamento igualitário por parte do GDF. A fim de mostrar a insatisfação, a entidade divulgou uma “atualização no placar da PCDF x PMDF”. Os militares, de acordo com a Asof, estariam perdendo de 5 a 0 em relação aos benefícios concedidos.

Um dos pontos garantidos à PCDF que não foi estendido à PMDF seria a gratificação de R$ 400 para cada 8 horas de trabalho voluntário. Outro item apontado pela associação é o bônus de 30%, correspondente a R$ 2,5 mil, para os policiais civis aposentados retornarem à ativa. O terceiro ponto mencionado foi o reajuste dividido em seis parcelas até 2021, a fim de garantir a paridade com a Polícia Federal. Os militares também reclamam da possibilidade de os servidores da coirmã alcançarem o topo da carreira em 12 anos e a ausência de escala extra para a PM.

O GDF ainda não percebeu a importância e a necessidade de conceder tratamento isonômico para uma categoria essencial à segurança pública do brasiliense, sem a qual o Distrito Federal fica à mercê de suas muitas adversidades sociais

Associação dos Oficiais da PMDF

A Asof concluiu dizendo que os “policiais militares continuam acreditando no governo Ibaneis Rocha” e estão esperançosos na recomposição salarial. A associação não menciona a convocação para a realização de Operação Tartaruga.

Confira a nota na íntegra:

Nota da Asof sobre aumento para a PCDF

Nessa terça (19), durante a cerimônia de entrega das novas viaturas da PCDF, Ibaneis afirmou que pretende apresentar a proposta de recomposição salarial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros até o fim de fevereiro. Segundo o secretário de Fazenda, André Clemente, os técnicos estão ajustando o texto final.

“Qual é a nossa estratégia? Achar a gordura disponível e chamar um a um para negociar”, comentou Clemente. Resolver a questão da PM e dos bombeiros é fundamental para evitar uma crise de “ciúmes” entre as Forças de Segurança.

Operação Tartaruga
Conforme noticiou o Metrópoles em 13 de fevereiro, o Palácio do Buriti ficou em estado de alerta após tomar conhecimento de uma convocação de policiais militares para Operação Legalidade ou Operação Tartaruga.

No Executivo, a mensagem soou como ameaça. Principalmente porque os cálculos feitos pela equipe econômica apontam para um índice de reajuste diferenciado entre as forças militares e civis. A ideia, até o momento, é descontar do percentual aplicado alguns benefícios pagos aos PMs, como o auxílio-moradia.

Apesar de nenhuma associação assumir a “paternidade” do movimento, policiais militares que integram o Grupo Tático Operacional (Gtop), da PM, ouvidos pela reportagem nesta quarta-feira (20) afirmam que já reduziram o ritmo de trabalho.

“Isso significa que não estamos mais trabalhando com o intuito de prender pessoas que cometeram crimes fora do flagrante, essa é uma competência da Polícia Civil. Estamos atuando apenas em flagrantes e atendendo chamados do 190. Andando na velocidade da via, a 60 km/h ou 80 km/h. Não estamos fazendo campana para tentar prender criminosos ou verificando se o indivíduo tem mandado de prisão ou não”, disse um militar que pediu para não ser identificado.

Unidades do Gtop que teriam aderido ao movimento atuam na Estrutural, Paranoá, São Sebastião, Guará, Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Planaltina, Taguatinga e Águas Claras.

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