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PF faz operação no DF para combater divulgação de pornografia infantil

Os envolvidos foram identificados durante o armazenamento e distribuição do material ilícito em redes de compartilhamento na internet

atualizado

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A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (11/8) a Operação Láquesis contra o compartilhamento de pornografia infantil na internet. Foram cumpridos 35 mandados de busca e apreensão: 29 no DF, três em Goiás, dois em Mato Grosso e um no Espírito Santo. Quinze pessoas foram presas em flagrante, 13 no DF e duas em Anápolis (GO). Um dos presos, servidor da Câmara dos Deputados, tinha mais de 300 HDs com material ilícito. Um outro chegou a engolir um pen drive para fugir da ação policial.

Segundo o delegado Stenio Santos Sousa, coordenador da operação, uma análise preliminar mostrou que as imagens recuperadas nos computadores mostravam situações “graves”. “Há um vídeo que mostra um bebê sendo violentado. É algo que afeta até a nós, policiais, que já atendemos muitos casos difíceis”, afirma. De acordo com o delegado, os investigados utilizavam um software na internet e compartilhavam as imagens entre si. Ainda não há como saber se as mídias recuperadas foram produzidas pelos suspeitos ou apenas retiradas da web.

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Os delegados Stenio Santos Sousa, Kel Lúcio Nascimento de Souza e Kelly Cristina de Castro Ireno

A investigação teve início depois que a Polícia Federal passou a monitorar redes ponto a ponto, em busca de compartilhamento ilícito de pornografia infantil. “Nosso objetivo é fazer com que as pessoas saibam: isso é um crime, a Polícia faz monitoramento constante e há punição. Assim esperamos que esse tipo de crime acabe”, afirma Stenio.

Ainda de acordo com o delegado, a investigação começou há mais de um ano, mas esbarrou em trâmites judiciais: “Pedimos a autorização para fazer as buscas há cerca de um ano, mas ela só foi concedida agora. Se tivéssemos como agir há mais tempo, com certeza mais pessoas teriam sido presas hoje”. Mesmo em período de Olimpíadas, 150 agentes foram mobilizados para a operação. “Devido aos crimes, era imprescindível que os mandados fossem cumpridos simultaneamente”, ressalta o delegado Kel Nascimento de Souza.

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Agora, em uma nova fase, os investigadores vão apurar quando e onde as imagens compartilhadas foram produzidas, por meio de uma força tarefa com o FBI e a Interpol. O objetivo é identificar possíveis vítimas de abuso sexual em todo o mundo.

Os indiciados apenas por posse de imagens pornográficas de menores têm direito a pagar fiança e podem ser liberados. Já os detidos por posse e compartilhamento dessas mídias permanecem presos e serão movidos para a Papuda. Se condenados, os detidos podem pegar entre dois e 20 anos de prisão.

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