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“Perdeu. Passa tudo”, gritou ladrão antes de matar vendedor na 112 Sul

Testemunha contou que os bandidos foram muito agressivos com Iago Guedes Gomes, enterrado nesta segunda (20/2) num clima de indignação

atualizado

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enterro iago guedes gomes
1 de 1 enterro iago guedes gomes - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Num clima de indignação e dor, familiares e amigos enterraram na manhã desta segunda-feira (20/2) o vendedor Iago Guedes Gomes, 24 anos. Ele foi assassinado durante um assalto enquanto aguardava a chegada do ônibus no ponto da 112 Sul, no último sábado (18).

Muito emocionada, a atendente Kauana Ferreira, 23, que estava na mesma parada de ônibus do jovem no momento do crime, contou como tudo ocorreu: “Eu vi tudo. Eles foram extremamente agressivos. Levaram a minha mochila e depois pegaram as coisas do Iago. No momento em que eles chegaram, disseram: “Perdeu. Passa tudo”. Depois que o Iago levou a facada e eles fugiram, eu ainda fiquei ao lado dele e disse que tudo iria ficar bem.”

Ela disse, ainda, que o rapaz chegou a conversar antes de ser socorrido ao hospital. “Estou muito triste por tudo o que aconteceu. Espero que esses bandidos sejam reconhecidos e presos o quanto antes”, desabafou a jovem, que teme sofrer algum tipo de represália por parte dos bandidos, que ainda não foram capturados pela polícia, e pediu para não ter o rosto identificado.

Confira a entrevista dela:

 

De acordo com informações da polícia, Iago estava na parada quando um casal se aproximou dele e anunciou o assalto. Ele teria reagido ao crime e partiu para cima do assaltante, tentando intimidá-lo. A vítima foi atingida no abdômen por um golpe de faca.

Ferido, Iago foi levado ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) por uma equipe do Corpo de Bombeiros. No entanto, não resistiu aos ferimentos. Ele trabalhava como vendedor em uma loja de conveniência da 313 Sul e tinha encerrado mais um expediente quando foi abordado pelos bandidos.

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Amigos e familiares se despediram de Iago nesta segunda

 

Justiça
Muito abalados, os pais do jovem preferiram não falar durante o enterro, no cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul. Amigo de Iago há 16 anos, o segurança Felipe Eduardo Pereira Menezes, 25, disse que esse é um dos dias mais tristes da sua vida: “Ele só nós trouxe alegria. Era uma pessoa boa, muito querido. Naquela noite nós estávamos nos falando pelo grupo dos amigos no WhatsApp e jamais poderíamos imaginar que isso aconteceria”.

Felipe pede Justiça. “Nada vai trazer o Iago de volta. Só queremos que esses delinquentes sejam reconhecidos para que não continuem cometendo crimes e tirem a vida de outras pessoas”, afirmou.

De acordo com Emily Freire, amiga de Iago, o rapaz ia começar a fazer ciências contábeis nos próximos dias. “Ele era incrível, muito carinhoso, amável, sempre ajudava as pessoas. Fazia de tudo por alguém, sempre dava conselhos”, ressaltou. “Trabalhava, gostava de jogar, pensar no futuro, ia começar a faculdade e tinha uma vida inteira pela frente”, acrescentou a jovem.

A 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul) investiga o caso.

 

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