PCDF prende suspeitos de armazenar e compartilhar pornografia infantil
Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos nas casas e no trabalho dos suspeitos, um tesoureiro, um motorista e um mecânico
atualizado
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Três pessoas foram presas em flagrante, na manhã deste sábado (15/9), durante operação para reprimir o armazenamento e a divulgação de conteúdos com pornografia infantil. A ação, batizada de Lex Scantinia 02, foi deflagrada pela 24ª Delegacia de Polícia (Ceilândia).
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nas casas e nos endereços de trabalho dos suspeitos, um tesoureiro, um motorista e um mecânico, na Asa Norte, Cruzeiro, Samambaia, Taguatinga, Ceilândia e Guará. Nos computadores dos suspeitos, os policiais encontraram um vasto material contendo cenas de sexo explícito com crianças.
De acordo com o delegado-chefe da 24ª DP, Ricardo Viana, as investigações tiveram início em outubro do ano passado com a prisão de Alessandro da Silva Santos, 45 anos, ex-diretor de uma escola particular do DF.
À época, ao menos 11 vítimas haviam sido identificadas e ouvidas. Na casa de Alessandro, os policiais apreenderam um HD, no qual os peritos localizaram centenas de vídeos e imagens sexuais, envolvendo o próprio acusado com adolescentes do sexo masculino, que aparentavam idades entre 10 e 16 anos.
Farto material
As investigações demonstraram que os atos de Alessandro eram praticados desde 1990, tendo reunido o maior arquivo de imagens de pedofilia já encontrado pela PCDF em uma única ação. Os policiais conseguiram identificar também um homem que comprava as imagens do ex-diretor. A pessoa foi localizada por policiais civis do DF em Minas Gerais, onde se encontra preso preventivamente.
Fotos
De acordo com o delegado-chefe da 24ª DP, o segundo acusado foi preso no bairro Nova Esperança, em Belo Horizonte (MG). Durante o cumprimento do mandado de busca na residência dele, os agentes localizaram um aparelho celular com várias fotos de crianças e adolescentes nus e em cenas de sexo. O criminoso foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia da capital mineira.
Segundo a polícia, os dois criminosos compartilhavam entre si e também na internet – via deep web – imagens e vídeos de crianças e jovens em cenas de sexo, além de manter conversas por meio do aplicativo WhatsApp. “Há indícios de que essas imagens foram repassadas a outras pessoas da capital federal e de outros estados. Pelo menos dez vítimas desses criminosos já foram identificadas”, explicou o delegado.