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Polícia prende quadrilha que roubava SUVs no DF para vendê-los em GO

De acordo com as investigações da Operação Conexão Anápolis, o bando agia sob encomenda e levava os carros para o município goiano

atualizado

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Operação DRFV
1 de 1 Operação DRFV - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (DRFV) prendeu nesta terça-feira (27/6) parte de uma quadrilha especializada em roubo de SUVs e picapes médias no Distrito Federal. A organização criminosa clonava as placas e enviava os carros para Anápolis (GO). Pelo menos seis pessoas foram detidas. Dois integrantes do grupo foram presos anteriormente e ajudaram a apontar os comparsas.

De acordo com as investigações da Operação Conexão Anápolis, o bando agia sob encomenda. O modelo dos veículos escolhidos pelos receptadores era avistado por criminosos nas ruas do DF e logo tomado de assalto por bandidos armados. Os roubos ocorriam no Cruzeiro, em Samambaia e Ceilândia. Em seguida, os carros tinham os sinais identificadores adulterados e as placas trocadas.

De acordo com o delegado da DRFV, Marco Aurélio Vergílio, a quadrilha era monitorada há um ano pelos investigadores. “É um grupo que se articulou para praticar uma série de crimes. Foi possível identificar ao menos nove delitos cometidos pelos assaltantes, além do crime de associação criminosa”, disse.

O delegado explicou que os veículos roubados eram repassados aos integrantes do bando por um valor médio de R$ 2 mil. Depois de adulterados, com novos sinais identificadores e placas clonadas, os carros eram revendidos por R$ 3,5 mil. No mercado legal, os SUVs são vendidos por mais de R$ 100 mil.

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Equipes saíram nesta madrugada rumo a Anápolis

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Equipes de policiais prendem suspeitos em Anápolis nesta manhã

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Policiais chegam à casa de um dos suspeitos em Anápolis

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Um dos suspeitos presos nesta madrugada

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Munição apreendida na casa dos suspeitos

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Dois suspeitos haviam sido presos anteriormente

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A ação desta terça conta com o apoio da DOE/PCDF, bem como da especializada de veículos de Goiânia (DERFRVA)/PCGO.

Os principais integrantes da quadrilha são Sandro Morete Albernaz, 54 anos, que receptava veículos e fazia a clonagem; e Leonardo Sabino Guedes, 31, que tinha a mesma função. Jeferson Rodrigues do Santos, 31, era responsável pela receptação dos veículos em Anápolis. Quem cometia os roubos era Maicon Vieira da Silva, 32; Marcos Vinícius Soares da Silva, 19; Dorian da Costa Ferreira, 19; Bruno Cardoso da Silva, 24; Leonardo Guedes, 20; e Eric Lopes do Nascimento, 22.

Ao todo, foram expedidos oito mandados de prisões preventivas e sete de busca e apreensão nas regiões de Samambaia, e Anápolis (GO). Quatro pessoas foram presas no município goiano e duas, em Brasília. Dois integrantes ainda estão foragidos.

Durante as buscas na casa de um dos foragidos, Leonardo Guedes, os agentes apreenderam aproximadamente 50 quilos de maconha que estavam escondidos em um veículo Volkswagen/Gol. “É um grupo altamente perigoso. Eles praticavam crimes além do roubo qualificado e da receptação. Em alguns casos, trocavam os carros subtraídos por drogas”, afirmou.

Todos os integrantes da quadrilha presos nesta terça, já tinham passagem pela polícia. Eles responderão por associação criminosa, receptação, roubo qualificado e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Caso sejam condenados, poderão pegar até 28 anos de reclusão.

Entra sujo, sai clonado
A ação da DRFV ocorre três meses após o Metrópoles revelar, em primeira mão, uma ofensiva da unidade policial contra uma das maiores quadrilhas de roubo e adulteração de carros no DF. O esquema funcionava dentro de um lava a jato em Ceilândia.

O estabelecimento, que fica na QNM 7, foi apontado pelos investigadores como um dos maiores polos de clonagem de veículos da capital da República. Ao todo, sete criminosos foram presos durante a Operação WD-40.

Segundo a polícia, o local respondia por dois terços da receptação a automóveis roubados no DF, uma vez que a média diária desse tipo de crime chega a 15 ocorrências.

O esquema, organizado como uma empresa, contava com vasta rede, formada por ladrões, falsificadores e atravessadores. O ciclo criminoso começava no momento em que algum carro era roubado e continuava até o veículo ser comercializado com placa adulterada. Por meio de imagens, os investigadores registraram o modus operandi do grupo durante uma das clonagens.

Veja um flagrante fotografado por investigadores da DRPV

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Criminosos começam a preparar o serviço de clonagem
O carro é limpo e as impressões digitais são apagadas do porta-malas
Os chamados "atravessadores" vão até o local ver o veículo
A placa é retirada para dar lugar à clonada
A placa é retirada para dar lugar à clonada
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Carro roubado chega até o lava a jato em Ceilândia

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Criminosos começam a preparar o serviço de clonagem

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O carro é limpo e as impressões digitais são apagadas do porta-malas

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Os chamados "atravessadores" vão até o local ver o veículo

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A placa é retirada para dar lugar à clonada

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A placa é retirada para dar lugar à clonada

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Em seguida, a placa falsificada é colocada

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Os carros recebem placas de outros estados para facilitar a fraude

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Por último, o carro é lavado e entregue ao comprador

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