PCDF prende membros de grupo que trazia skunk de Manaus para Brasília
Quadrilha cooptava jovens da capital do Amazonas para trazer maconha processada para o Distrito Federal
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, ao longo das últimas três semanas, seis pessoas e apreendeu uma quantidade de skunk avaliada em R$ 60 mil. As investigações começaram a partir do flagrante de uma adolescente de 17 anos, no dia 13 de março, portando cerca de 1,7kg da droga. A menina vinha de Manaus e foi apreendida após inspeção feita por policiais federais no Aeroporto de Brasília.
Por se tratar de uma menor de idade, a jovem foi encaminhada para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DPCA). Investigadores da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord) foram acionados e conseguiram levantar as informações de quem adquiriu as passagens para a adolescente vir para Brasília, bem como identificaram quem era o destinatário do derivado da maconha.
No dia 22 de março, Lucas Maximiliano Sousa Cavalcante, 23 anos, foi detido em flagrante. Segundo a PCDF, ele era o destinatário do entorpecente apreendido no aeroporto. O suspeito, localizado em Abadiânia (GO), foi surpreendido desmontando um laboratório de processamento da droga.
Com ele, estavam duas prensas usadas no processo de produção do skunk, um quilo do entorpecente, uma porção de cocaína e balanças de precisão.
Após a prisão de Lucas, policiais da coordenação detiveram em flagrante, na segunda-feira (1º/4), em Taguatinga, Samara da Silva, 24 anos, que recentemente havia sido presa por tráfico de drogas e era monitorada com tornozeleira eletrônica.
Além dela, foram presos Evily Oliveira da Silva, 21; Alessandra de Lima Guerreiro, 18; Jackeline Ribeiro da Silva, 20; e Henrique Lacerda de Oliveira Pineli, 18. Todos foram autuados por tráfico e associação para o tráfico de entorpecentes. Todas as mulheres detidas na operação são de Manaus.
Segundo a PCDF, cada grama de skunk varia entre R$ 40 e R$ 60. A substância é uma variedade da maconha, mas com teor de princípio ativo, o THC, muito mais elevado do que o da erva comum. A concentração de THC chega a 30% quando a planta é produzida em ambiente controlado e passa pelo processo chamado de “beneficiamento”, enquanto a variedade comum fica entre 2% e 4%.