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PCDF prende homem que produzia bombas para explodir caixas

Jaisson e a organização criminosa da qual fazia parte explodiram caixas no Palácio do Buriti, Pier 21, na Apcef e no Gilberto Salomão

atualizado

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1 de 1 Explosao-caixa1 - Foto: Reprodução/Vídeo

Um dos principais líderes da organização criminosa responsável pelas cinco maiores explosões em caixas eletrônicos no Distrito Federal, incluindo as ações no Anexo do Palácio do Buriti, no Shopping Pier 21, no Centro Comercial Gilberto Salomão, na Associação dos Servidores do Senado Federal (Assefe) e no Hotel Golden Tulip, foi preso pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (18/12/2019). Jaisson Alves de Jesus (foto principal), 27 anos, era procurado desde maio deste ano.

Ao todo, 10 integrantes do bando foram identificados, sendo que cinco deles já estão presos. As apurações, conduzidas pela Delegacia de Repressão a Furtos (DRF), vinculada à Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), intensificaram-se depois da ação audaciosa no Golden Tulip, na qual cerca de R$ 470 mil foram levados dos caixas. Estima-se que o grupo tenha faturado perto de R$ 1 milhão.

As novas linhas de investigação chegaram a duas pessoas que, supostamente, tinham como responsabilidade “guardar” os carros usados para a fuga da quadrilha após as explosões. Andrevaldo Ferreira de Souza, 27, e Fernando Barbosa Alves, 26, confessaram a participação nas ações.

Logo depois, equipe da DRF identificou o “piloto” da quadrilha, escolhido para empreender fuga após os crimes. Mikael Mafra Dantas, 25, também está preso e recebia cerca de R$ 4 mil, montante pago com o dinheiro furtado dos caixas, para dar fuga aos criminosos.

Produção de explosivos

Jaisson é apontado como figura de destaque no bando, tinha uma função fundamental nas ações. Com habilidades em marcenaria, o suspeito produzia os próprios explosivos usados pelos criminosos. A quadrilha comprava rojões em lojas de fogos de artifício para retirar a pólvora.

Em seguida, Jaisson produzia recipientes de um material chamado metalon, espécie de tubo metálico galvanizado. Os explosivos eram moldados artesanalmente e utilizados nos ataques.

Padrão de atuação
As investigações conseguiram identificar o modus operandi da quadrilha. Os integrantes do grupo sempre planejavam os ataques depois de acompanhar, durante dias, a rotina dos locais que seriam alvo das explosões.

PCDF/Divulgação

A organização criminosa agia na madrugada, fortemente armada e amparada por dois veículos. Um dos carros sempre era incendiado após a ação, e os bandidos fugiam no outro automóvel, apelidado de “segundinha”.

Além do “piloto”, que tinha a responsabilidade de sair do local com os integrantes da quadrilha após as explosões, havia os homens que escondiam os veículos em local discreto. Na linha de frente do bando, os “explosivistas” tinham a missão de abrir buracos nos caixas eletrônicos.

Outros dois indivíduos fortemente armados ficavam encarregados de garantir um perímetro de segurança e render vigias e seguranças, além de amarrá-los em algum lugar, como salas e banheiros.

Memória
O primeiro crime foi cometido pelo bando em 24 de julho de 2018, no Anexo do Palácio do Buriti. A explosão ocorreu por volta de 3h40. Os equipamentos estavam instalados na área do restaurante dos servidores. De acordo com a Polícia Militar, os suspeitos estavam fortemente armados e fugiram em um Palio branco. Durante a ação, os bandidos efetuaram de dois a quatro disparos.

Viaturas da PM e um helicóptero da Polícia Civil realizaram buscas e, minutos depois, um veículo foi achado pegando fogo nas proximidades do Estádio Nacional Mané Garrincha e do Colégio Militar de Brasília.

Após verificação, os policiais confirmaram que se tratava do automóvel envolvido no crime. No local da explosão, foram encontradas cápsulas de munição 5,56 mm. Cerca de R$ 6 mil ficaram espalhados pelo chão.

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Criminosos conseguiram levar dinheiro
Um carro usado no crime foi incendiado
A explosão foi na área do restaurante
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Explosão ocorreu na madrugada de 24 de julho de 2018

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Criminosos conseguiram levar dinheiro

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Um carro usado no crime foi incendiado

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A explosão foi na área do restaurante

PMDF/Divulgação

Veja vídeo do momento em que os dispositivos explodem no Anexo do Buriti:

 

O segundo ataque foi no Shopping Pier 21, em 22 de outubro de 2018. Novamente portando armas de calibre restrito, e até mesmo fuzil, os criminosos explodiram dois caixas eletrônicos. O grupo amarrou os vigilantes que faziam a segurança do centro comercial. Durante a fuga, trocaram tiros com policiais. Um dos carros utilizados foi abandonado no acesso que vai da L4 Sul para a L2 Sul.

O grupo disparou pelo menos oito vezes contra os militares, que revidaram. Cinco bandidos vestidos com balaclavas – para tapar os rostos – chegaram em um Mitsubishi Pajero, e um deles permaneceu no veículo. Enquanto isso, os outros quatro entraram por trás do shopping e montaram os explosivos.

De acordo com a PMDF, um dos ladrões se feriu na explosão. Quando um comparsa foi socorrê-lo, um dos seguranças conseguiu escapar. Durante a fuga, o grupo lançou objetos pontiagudos de metal na pista, com objetivo de furar os pneus das viaturas policiais e, assim, dificultar a perseguição.

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Ação teve vigilantes amarrados
Viatura da PMDF foi atingida por disparos dos bandidos
Policiais revidaram os tiros e acertaram o carro utilizado pelos criminosos
Marcas das balas no para-brisa
Cédulas falsas espalhadas pelos bandidos
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Destruição causada no Pier 21 pelos explosivos

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Ação teve vigilantes amarrados

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Viatura da PMDF foi atingida por disparos dos bandidos

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Policiais revidaram os tiros e acertaram o carro utilizado pelos criminosos

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Marcas das balas no para-brisa

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Cédulas falsas espalhadas pelos bandidos

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Na fuga, o bando deixou cartucho de munição na pista

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Luva utilizada pelos criminosos, supostamente para não deixar impressões digitais no local da explosão

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Bandidos também lançaram na pista objetos para furar pneus das viaturas da PMDF

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Corporação apreendeu pote com os objetos

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Em 13 de dezembro do ano passado, a quadrilha explodiu dois caixas eletrônicos em um supermercado que funciona no Centro Comercial Gilberto Salomão, no Lago Sul. De acordo com a PM, os caixas ficaram completamente destruídos.

O bando teria usado um carro branco na fuga, que foi abandonado na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), na altura da floricultura próxima à Octogonal. No local, os bandidos renderam um motorista e levaram seu veículo.

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Quadrilha invadiu supermercado no Gilberto Salomão
O <i>modus operandi</i> foi o mesmo das outras ações
PCDF desarticulou parte do grupo e está à caça dos demais integrantes
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Estrago causado pela explosão

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Quadrilha invadiu supermercado no Gilberto Salomão

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O modus operandi foi o mesmo das outras ações

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PCDF desarticulou parte do grupo e está à caça dos demais integrantes

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Veja a ação da quadrilha:

 

A investida mais recente dos criminosos foi no hotel de luxo Golden Tulip Brasília Alvorada, situado no SHTN, em 28 de março deste ano. Quatro bandidos explodiram três caixas eletrônicos. Os assaltantes estavam fortemente armados e renderam os funcionários do estabelecimento, conhecido por hospedar empresários, artistas e autoridades que visitam a capital do país.

De acordo com as imagens de câmeras de segurança, enquanto um criminoso armado rendia um dos empregados, outros dois comparsas forçaram, com uma farra de ferro, a abertura dos equipamentos, que ficam ao lado das escadas que dão acesso ao restaurante do hotel. Só é possível entrar no local após passar pela guarita.

Os homens colocaram explosivos na área e detonaram os artefatos. Toda a ação durou cerca de dois minutos. Um dos carros usados na fuga dos bandidos foi encontrado pela polícia na Asa Norte.

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