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PCDF mira criminosos que desviaram R$ 800 mil de clientes de bancos

Eles faziam páginas falsas de atualização de cadastro do banco e enviavam aos correntistas. A polícia contabilizou ao menos 600 transações

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A Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) deflagrou a Operação Aroeira na manhã desta sexta-feira (5/4). Dois mandados de prisão preventiva foram expedidos contra autores de fraudes bancárias nos Banco de Brasília (BRB), Banco do Brasil e Bradesco. Outras três pessoas foram presas em flagrante.

Os policiais também cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em Planaltina, no Paranoá e Lago Norte. Durante as buscas, Três armas foram apreendidas. De acordo com as diligências, a fraude rendeu, ao menos, R$ 800 mil ao bando. Durante as apurações, os investigados fizeram por volta de 600 transações ilegais.

Segundo informações da polícia, a base da quadrilha funcionava em uma madeireira, instalada em Planaltina. O estabelecimento era de um dos presos. Os criminosos faziam páginas falsas de atualização de cadastro bancário e enviavam SMS aos correntistas com o link para a página fraudada. Com os dados, eles realizavam pagamentos de boletos e tributos. Além de transferências para contas de laranjas. A fraude fez dezenas de vítimas no Distrito Federal.

“Ótima lábia”
Um agente prisional do sistema penitenciário de Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, preso na operação é acusado de ser o “principal recrutador” no esquema. De acordo com o delegado da DRCC, Giancarlos Zuliani Júnior, Rayan Dantas Roça convencia pessoas para que emprestassem seus cartões de crédito.

O delegado ressalta que o suspeito tinha uma “ótima lábia”. “Um caso curioso envolveu um motorista de aplicativo. Em uma viagem, Rayan o convenceu a participar do esquema, emprestando o cartão.”

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As investigações tiveram início após os bancos procurarem a PCDF. Os investigadores começaram a rastrear as transações financeiras, que acabavam caindo em uma conta específica: de uma madeireira.

Segundo Giancarlos, o fluxo financeiro era grande, o que gerou a desconfiança dos policiais. “A empresa era usada para concretizar a segunda parte do modus operandi dos criminosos, que precisavam de cartão de crédito e informações bancárias de terceiros para movimentaram as quantias.”

300 mil celulares
O delegado explicou que o grupo agia em duas etapas. Primeiro, enviavam mensagem de texto (SMS) com um link para listas de usuários, solicitando um recadastramento nos respectivos bancos. As vítimas, então, eram direcionadas para páginas falsas, preenchiam os dados cadastrais e, na verdade, forneciam as informações pessoais aos bandidos. Os policiais encontraram, inclusive, uma relação com mais de 300 mil números só de Brasília.

A segunda parte do esquema consistia em transferir quantias bancárias das vítimas para as contas de terceiros. Eles usavam os cartões emprestados para fazer o saque, pagamento de boletos e, até mesmo, comprar outros produtos.

Confira o perfil dos suspeitos presos, segundo as investigações:

Jeferson Alves Gomes seria o responsável por viabilizar o acesso indevido às contas dos correntistas por intermédio da aquisição dos dados bancários das vítimas. As conexões junto ao internet banking das vítimas partiram de terminal vinculado a ele. As investigações indicaram, ainda, o uso da empresa Top Madeiras, firma de propriedade de Jeferson, na época dos fatos, para lavar os recursos provenientes da fraude.

Já Rayan Dantas Borges é suspeito de subtrair valores das contas das vítimas, além de fazer o recrutamento de fornecedores de cartão e senha das contas de “passagem” para o recebimento das transferências fraudulentas.

Em nota, o BRB informou que os clientes do banco lesados foram ressarcidos. Ressaltou, ainda, que a instituição “acompanha e monitora todas as contas, e presta, sempre que necessário, informações aos órgãos de investigação. Mantém, também, contato direto com a DRCC, da Polícia Civil do DF”.

 

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