PCDF lança nova fase da Confraria e prende filho de líder comunitário
Duas semanas após a ação que levou líder comunitário de Ceilândia à cadeia, corporação cumpre novos mandados nesta segunda-feira (9/10)
atualizado
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A Polícia Civil deflagrou, na tarde desta segunda-feira (9/10), uma nova fase da Operação Confraria. Agentes da 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Norte) cumpriram três mandados de prisão. Entre os detidos está Alex Rubens da Silva, filho do líder comunitário Alysson Borges, ex-presidente da Associação de Moradores do Condomínio Por do Sol (Amops). Também foram presos um traficante e um homem acusado de cometer extorsões em nome da organização criminosa.
Alex e o pai estão no foco da ação, que tem como principal alvo combater crimes cometidos por uma organização criminosa especializada na venda irregular de lotes, tráfico de drogas, corrupção e porte ilegal de armas. De acordo com as investigações, o bando possui envolvimento de servidores públicos da administração de Ceilândia e de policiais militares.
Além de Alex, o outro preso é apontado pelos investigadores como o traficante Fábio Júnior. Ele teria expulsado um pastor de um lote com a ajuda de outros traficantes armados. Na segunda fase da Operação Confraria, os policiais irão interrogar todos os indiciados pelos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa armada e corrupção de menores.
O terceiro preso foi Hugo Medeiros da Silva, acusado de cometer extorsões em nome do grupo criminoso. Durante as investigações, cerca de 15 vítimas prestaram depoimentos afirmando que foram expulsas dos lotes porque não pagaram o kit invasão de R$ 2,5 ou deixaram de arcar com as mensalidades pagas pelo lote.
A ação ocorre duas semanas após policiais desarticularem uma organização criminosa que atuava no parcelamento irregular do solo e tráfico de drogas na região do Pôr do Sol, em Ceilândia. Entre os alvos, estavam o líder comunitário Alisson Borges, três policiais militares e um servidor da administração regional da cidade, que foram presos.De acordo com a investigação, Alisson Borges fracionava as terras e as vendia com auxílio dos militares. Estão sendo cumpridos nove mandados de prisão temporária e outros nove de busca e apreensão.
Após meses de interceptação telefônica, a polícia conseguiu identificar a ação criminosa do líder comunitário, que é ligado a diversos políticos do Distrito Federal. Influente na região, Alisson Borges andava sempre ao lado de seguranças armados e em carros de luxo.
Kit grilagem
De acordo com a polícia, Alisson Borges, além de vender terras irregulares, distribuía manuais para as pessoas que compravam os lotes, com instruções sobre como construir os imóveis e se estabelecerem nos locais. Ele é presidente da Associação dos Moradores do Pôr do Sol (Amosps).
Perigosos, eles alegavam que tinham influência política e, quando desconfiaram da investigação, chegaram a dizer que colocariam “no bolso” o delegado-chefe da 23ª DP, Victor Dan, insinuando que o policial não seria capaz de prendê-los.
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