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PCDF investiga hackers que roubaram R$ 1 milhão de contas bancárias

O grupo criminoso usava técnicas sofisticadas de invasão a contas bancárias

atualizado

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1 de 1 pcdf - Foto: PCDF/Divulgação

A Coordenação Especial de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado da Polícia Civil do Distrito Federal (Cecor) da Polícia Civil do DF (PCDF) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30/7), a Operação Mob Fools. O objetivo é desarticular um grupo criminoso acusado de invadir contas bancárias para desviar dinheiro de clientes e de instituições bancárias.

A ação é coordenada pela Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco). Estima-se que a organização criminosa, durante um ano e meio, período em que durou a investigação, tenha aplicado golpes que chegam a R$ 1 milhão.

Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão domiciliar e oito mandados de prisão preventiva nas cidades de Taguatinga, Samambaia, Ceilândia, Santa Maria, Sobradinho, Planaltina, São Sebastião, Planaltina de Goiás e Santo Antonio do Descoberto-GO.

A Cecor teve apoio da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), devido à sofisticação das técnicas utilizadas para invasão das contas pelos hackers integrantes do grupo criminoso.

De acordo com os investigadores, os bandidos atuavam da seguinte forma: o dinheiro era subtraído da conta das vítimas por meio do furto cibernético e, em seguida, transferido para contas de laranjas que, por sua vez, sacavam integralmente tais valores de suas contas.

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Operação deflagrada pela PCDF

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Os laranjas ficavam com cerca de 10%  do valor sacado e repassavam os outros 90% aos membros do grupo que executavam os golpes. Em alguns casos, parte do valor era fracionado para outras contas-correntes, antes da realização dos saques, ou transferidos diretamente para contas de casas de câmbio para servirem como pagamento por moedas estrangeiras negociadas, usadas para lavar o dinheiro, dando aparência de licitude a ele.

Segundo a polícia, os suspeitos ainda utilizavam as contas invadidas para pagamento de boletos de empresas de fachada, para que o dinheiro retornasse com aparência lícita.

A operação contou com o apoio Divisão de Operações Especiais, do Departamento de Polícia Especializada e do Departamento de Polícia Circunscricional e envolveu cerca de 130 integrantes da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), entre delegados, agentes de polícia e escrivães.

Os laranjas, que emprestavam suas contas bancárias para recebimento dos valores desviados, também estão no alvo da investigação. Além deles, os recrutadores, que aliciavam pessoas para servirem como laranjas e eram responsáveis pelo pagamento de suas comissões; e os líderes da organização criminosa, responsáveis por gerenciar toda a ação, invadindo as contas e definindo os percentuais a serem repassados aos demais membros do grupo.

Todos eles foram indiciados pelos crimes de organização criminosa, furto mediante fraude e lavagem de dinheiro, que, somados, podem levar a 32 anos de reclusão.

Mob Fools

Fools, do inglês, significa “tolos”, que seriam os laranjas neste caso, que se expõem e ficam com um pequeno percentual do esquema. Eles também são os mais fáceis de serem identificados.

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