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PCDF identifica um dos suspeitos de matar motorista de app

Aldenys da Silva foi encontrado morto no dia 18/01/2020. Acusado já conhecia a vítima e é procurado no Ceará. Ele teria agido com comparsa

atualizado

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Aldenys da Silva
1 de 1 Aldenys da Silva - Foto: Facebook/Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou um dos dois suspeitos de terem matado o motorista de aplicativo Aldenys da Silva (foto em destaque), 29 anos.

O suspeito procurado é Natanael Pereira Barros, 19 anos, que teria conhecido a vítima em novembro de 2019 para negociar a venda de um celular. A polícia acredita que Natan estava endividado e precisava de dinheiro.

O nome do coautor do crime ainda é desconhecido. “Pelo jeito que o corpo foi encontrado, não teria como o suspeito ter atuado sozinho”, afirmou o delegado da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte), Sérgio Bautzer.

Natanael, que trabalhava em um restaurante num posto de Taguatinga Norte, é do Ceará. Há uma suspeita de que ele tenha fugido para o local após o crime.

“Há um mandado de prisão, que é nacional. Trabalhamos com a hipótese de ele estar lá e estamos em contato com a polícia local”, ressaltou o delegado, acrescentado que o pedido de prisão foi feito na sexta-feira (24/01/2020) e deferido no sábado (25/01/2020).

Ainda segundo o delegado, a primeira fase da investigação concluiu que houve latrocínio – roubo seguido de morte. A hipótese é reforçada porque o carro e o celular foram roubados.

PCDF/Divulgação
Natanael é suspeito de assassinato

A polícia descarta que Aldenys tenha desviado o caminho para fazer uma corrida por aplicativo, pois, segundo apontam as investigações, ele estava indo pegar uma amiga para ir a um funeral. Contudo, não chegou a buscar a moça, desviou do caminho e não apareceu mais.

As suspeitas recaíram sobre Natanael porque, após a morte de Aldenys, ele foi visto rodando no carro do rapaz e tentando vender o celular que era do motorista.

A polícia pede ajuda para a população sobre o paradeiro de Natanael. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 197.

Ao Metrópoles, parentes afirmaram que Aldenys trabalhava havia três meses como colaborador de aplicativos de mobilidade urbana. Seu carro foi rastreado em Fortaleza dois dias após o sumiço do motorista. Porém, depois foi apurado que houve uma leitura equivocada da placa do veículo. Com auxílio da PRF, o equívoco foi esclarecido na semana em que o corpo foi encontrado.

Outra morte

Três dias depois, o corpo de outro motorista de aplicativo foi encontrado no DF: Maurício Cuquejo Sodré. Três homens foram presos pelo crime e um adolescente, apreendido.

Segundo  as investigações, a vítima foi chamada para uma corrida na Granja do Torto. Dentro do carro, eles ameaçaram e deram uma facada em Maurício. O rapaz foi colocado ferido no porta-malas. Ao chegarem à área rural na mesma região, o veículo ficou atolado em uma vala e desligou. O motorista de app tentou fugir e, nesse momento, o alcançaram. Ele levou chutes e socos dos criminosos.

Os acusados continuaram esfaqueando o homem até matá-lo e, em seguida, jogaram o corpo em uma poça d’água. Conforme o Metrópoles revelou, um dos suspeitos disse à Polícia Civil que ele e os comparsas deram facadas em Maurício “sem dó”. O cadáver foi encontrado na madrugada do dia (23/01/2020) por um morador que passava pela região.

Ocorrências

Segundo levantamento da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF), em dois anos, a capital teve 145 ocorrências de roubo com restrição de liberdade em que as vítimas trabalhavam como condutores de apps. O balanço expõe o crescimento da prática criminosa: o montante saltou de 38 registros em 2018 para 107 episódios no último ano.

Os casos demonstram a vulnerabilidade de quem tem, nessas plataformas, fonte de renda extra. De acordo com os motoristas, a grande incidência de casos resulta de falta de procedimentos cadastrais que garantam, também, a segurança dos próprios colaboradores.

Segundo o presidente do Sindicato dos Motoristas Autônomos de Transporte Privado Individual por Aplicativos do DF (Sindmaap-DF), Marcelo Chaves, é da falta de cobrança aos passageiros que os criminosos se aproveitam. “Enquanto os aplicativos não acordarem e se mobilizarem, essa matança dos motoristas vai continuar. É preciso que algo seja feito.”

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