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PCDF divulga foto do líder da facção suspeita de mais de 30 mortes

William Peres Rodrigues, conhecido como Wilinha, não foi localizado na operação realizada nesta terça (13/08/2019) e é considerado foragido

atualizado

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1 de 1 prcurado-wilinha - Foto: PCDF/Divulgação

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) divulgou, nesta terça-feira (13/08/2019), a foto do líder da facção Comboio do Cão, que faturava alto com atividades criminosas, como tráfico de drogas, roubos diversos e até com a cobrança de diária entre R$ 50 e R$ 100 para que prostitutas pudessem explorar pontos, principalmente em Taguatinga. William Peres Rodrigues, 34 anos, conhecido como Wilinha, não foi localizado e é considerado foragido.

O homem ainda é acusado de ter cometido o homicídio da travesti Bruna Morango, executada com diversos disparos de arma de fogo em setembro de 2017, após se recusar a pagar os valores cobrados pelo grupo.

Segundo o delegado Thiago Boeing, da 1ª Divisão de Homicídios da PCDF, o grupo se instalou no local em 2017, inicialmente para tráfico de drogas: “Chegaram na região e trataram de tirar o traficante responsável pela área. Após um tempo, observaram a movimentação e viram uma oportunidade em explorar as garotas da região. Começaram, então, a intimidá-las para que pagassem uma taxa para ficarem em via pública”.

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Nesta terça, foram cumpridos 46 dos 49 mandados de prisão expedidos pela Justiça. As investigações apontam que o grupo criminoso foi responsável por 420 ocorrências criminais, 209 inquéritos policiais, 65 termos circunstanciados de ocorrência (TCO), 54 denúncias e 34 apurações nos últimos seis anos.

A PCDF acredita que o grupo usava familiares para lavar o dinheiro das práticas criminosas. A suspeita de lavagem de dinheiro resultou no bloqueio de 60 contas bancárias e na apreensão de 19 veículos, além de 11 imóveis. Todos comprados com dinheiro ilícito.

A operação, batizada de Rosário, contou com a participação de mais de 300 agentes e delegados. Entre os detidos está um advogado acusado de trabalhar para a organização criminosa. Também apontado como uma das lideranças da facção, Rafael Nunes Carvalheiro Barros, o Rafael Abelha, foi preso durante os procedimentos. Além do DF, a ação ocorreu simultaneamente em municípios de Minas Gerais, Goiás e Piauí.

O Comboio do Cão (CDC) é uma facção criada no Distrito Federal há seis anos, fruto de uma disputa entre as gangues Grupo do Galba, Helinho, Pepita e Irmãos Periquito por pontos de tráfico de drogas. À medida que ia crescendo, o CDC ia exterminando as lideranças dos demais grupos criminosos, até comandar o tráfico da região. Investigações da Divisão de Repressão a Facções Criminosas (Difac) apontam que a gangue do DF procura reproduzir práticas adotadas pelas grandes e conhecidas facções criminosas do país, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O grupo cresceu de forma isolada, sem vínculo com organizações criminosas com atuação nacional, como o Comando Vermelho (CV) e o PCC. Apesar da aparente independência, a quadrilha busca se cacifar perante as demais facções e ganhar o respeito dos rivais.

Mais de 30 pessoas teriam sido assassinadas pelos bandidos do CDC nos últimos anos. Como demonstração de força, os criminosos promoviam bárbaras execuções em portas de cadeias e de fóruns do DF. As investigações apontam que o grupo foi responsável, em 2016, pela morte de um homem com 30 tiros em frente ao fórum de Santa Maria. Alguns dias depois, o tio da vítima também foi assassinado com 50 disparos.

“Estamos falando de um grupo que utilizava armas que nem as forças de segurança têm, com seletores de rajada e alto poder de fogo, verdadeiras metralhadoras. Os homicídios eram cometidos sempre com alto número de disparos. Há casos de desafetos mortos com 10, 20 e até 30 tiros.”

Delegado Thiago Boeing

A Justiça autorizou o sequestro de bens e bloqueio de contas das principais lideranças do bando. O intuito foi atacar e enfraquecer o braço financeiro da quadrilha.

Códigos de conduta

O CDC tenta implementar métodos de disciplina e códigos de conduta. Um exemplo constatado pela PCDF foi a criação de um “tribunal do crime”, que consiste no julgamento de integrantes que descumpriram as regras impostas pelas lideranças.

Enquanto o PCC predomina nas regiões administrativas de Planaltina, São Sebastião, Paranoá, Ceilândia e Samambaia, o Comboio do Cão age no Gama, Santa Maria, Recanto das Emas e Riacho Fundo.

Pouco representativo no Distrito Federal, o Comando Vermelho restringe sua área de atuação à Estrutural e ao Entorno de Brasília.

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