PCDF desvenda sequestro e assassinato de pecuarista em Tocantins
As investigações tiveram início após uma das filhas de Antônio Assalin, de 74 anos, informar que o pai estava desaparecido há uma semana
atualizado
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O sequestro e o assassinato de um fazendeiro em Tocantins foi desvendado por policiais da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS), da Polícia Civil do DF, em uma investigação conjunta com a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Palmas. Durante a Operação Reencontro, dois homens foram presos na última sexta-feira (1°/9). Um deles estava escondido em uma casa no Recanto das Emas. O outro foi preso no município tocantinense de Taguatinga.
As investigações tiveram início no dia 23 de agosto, após uma das filhas de Antônio Lázaro Assalin, 74 anos, informar que o pai estava desaparecido há mais de uma semana. De imediato, os policiais foram até a fazenda onde o pecuarista morava, mas não encontraram sinais de arrombamento na casa. No entanto, havia uma pequena mancha de sangue próximo à porta.
Saques bancários
Já preso, Valdinei contou como ele e o comparsa agiram quando estavam em poder do fazendeiro. Enquanto Jonatan manteve o pecuarista sob a mira da arma, Valdinei seguiu para a cidade de moto, em posse dos cartões bancários da vítima. Ele tentou efetuar saques, mas não conseguiu. Usando a opção de crédito do cartão, o criminoso comprou peças para a moto e retornou para o local do cativeiro.
Em seguida, o fazendeiro foi colocado de joelhos e executado. Seu corpo foi jogado em uma vala próximo à gruta onde era mantido pelos criminosos. Nos dias que se passaram, familiares do pecuarista constataram movimentações no cartão bancário da vítima, sendo que ele nunca havia utilizado a modalidade crédito. Verificou-se, então, uma compra realizada em uma loja de eletrodomésticos na cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia.
De acordo com o delegado da DRS, Leandro Ritt, após o crime, os dois sequestradores se separaram. Jonatan permaneceu em Tocantins e Valdinei veio para o DF, onde se hospedou na casa da irmã de seu comparsa.
“Identificamos que o Valdinei mantinha uma relação amorosa com essa mulher e pediu para ficar na casa dela. Ao prendê-lo, ele confessou o crime. O suspeito estava com a arma usada para matar Antônio, o cartão da vítima e documentos falsos”, disse o delegado.
Jonatan e Valdinei foram indiciados pela prática dos crimes de extorsão qualificada que resultou em morte, roubo por emprego de arma de fogo, falsificação de documento público e particular, além de ocultação de cadáver. Somadas, as penas chegam a 30 anos de prisão. Os dois foram recolhidos à Cadeia Pública de Taguatinga (TO), onde aguardarão julgamento.